Autor: Lusa/AO Online
Citada numa nota de imprensa, a deputada Isabel Teixeira, do maior partido da oposição nos Açores, salienta que os jorgenses “vivem em sobressalto, com vidas adiadas, há quase um mês” e explica que a proposta “visa apoiar, a fundo perdido, as despesas de arrendamento das famílias que se deslocaram e que tiveram que arrendar outra casa”.
A parlamentar especifica que a proposta preconiza um “apoio a 100% dos custos fixos, como a água e eletricidade, das moradias de habitação que ficaram desabitadas” e a “isenção, para famílias deslocadas, do pagamento de creches, jardins de infância e ATL [Atividades de Tempos Livres], compensando as instituições de origem e de destino”.
Os socialistas consideram ainda que, “para as famílias que decidiram permanecer [na ilha de São Jorge], o Governo deve assumir 50% das despesas com creches, jardins de infância e ATL’s, e Estruturas Residenciais para Idosos, com a devida compensação às instituições de origem”.
A deputada do PS defende igualmente um apoio aos empresários de “100% dos custos fixos com rendas, eletricidade, água, gás e comunicações” e “à manutenção dos postos de trabalho, através da compensação de remunerações na mesma proporção da redução da faturação”.
O PS “não esqueceu os trabalhadores independentes”, defendendo que “também eles deverão ser compensados pelas suas perdas de rendimentos”, declara a Isabel Teixeira.
Na terça-feira, o líder dos empresários de São Jorge, Mário Veiros, alertou que há empresas na ilha que podem fechar se não forem adotadas “medidas urgentes” para mitigar os impactos económicos da crise sísmica.
“No caso do turismo, há uma série de serviços turísticos que são unipessoais, no máximo com duas pessoas, que prestam serviços de turismo de aventura, entre outros, e que se perderão, porque não faturam devido a terem tido o último cliente em outubro”, referiu o presidente do Núcleo de Empresários de São Jorge, em declarações à agência Lusa.
Mário Veiros defendeu a capitalização das empresas, que “tem que ser total ou parcialmente a fundo perdido, para garantir a tesouraria”, a par de medidas similares às adotadas para fazer face à pandemia de covid-19, visando a manutenção de emprego.
É “desejável que se acelere os pagamentos dos apoios no âmbito da pandemia da covid-19”, a par da adoção do ‘lay-off’ para algumas empresas, defendeu.