Autor: Lusa / AO online
“Queremos trazer o golfe ao passado, já que esta modalidade começou com os pastores, que usavam os seus cajados, e depois é que chegou às elites. Agora vamos devolvê-la à população em geral”, afirmou Eduardo Almeida, da organização do evento, em declarações à Lusa.
Nesse sentido, salientou que o golfe rústico “não necessita de um campo tradicional de golfe”, podendo ser jogado “em pastagens e zonas de vegetação rasteira”.
Desta vez, o campo foi traçado nas margens da Lagoa de S. Brás, no concelho da Ribeira Grande, onde os tradicionais ‘buracos’ do golfe foram substituídos por uma bandeira que assinala uma área delimitada com cal, onde cada jogador deve fazer chegar a bola.
Esta é a principal novidade das regras do golfe rústico, cujas restantes regras são idênticas às do golfe tradicional, permitindo ainda esta modalidade que os jogadores desfrutem de vistas deslumbrantes, como é o caso das que se avistam da Lagoa de S. Brás.
A tacada inicial da prova hoje disputada foi feita por Carlos Santos, director do Observatório Regional de Turismo, que salientou o “significado especial” que este tipo de provas tem para o turismo açoriano, que é muito ligado à natureza.
“Isto permite o aproveitamento dos recursos naturais e das paisagens, que é uma área onde os Açores podem ter vantagem competitiva relativamente a outros destinos concorrentes”, afirmou Carlos Santos, em declarações à Lusa.
As primeiras provas de golfe rústico realizaram-se em 2006, no concelho da Povoação, tendo esta modalidade vindo a ser progressivamente introduzida noutras ilhas do arquipélago.
A iniciativa é da associação ‘A Mata’, que se dedica à salvaguarda do património ambiental, histórico e cultural da zona oriental do concelho da Ribeira Grande.