Açoriano Oriental
Portos dos Açores diz não existir processos disciplinares a trabalhadores da empresa

A Portos dos Açores hoje que não existe “nenhum processo disciplinar” a “nenhum trabalhador da empresa”, depois de um comandante ter acusado a instituição de condicionamento da liberdade, após um comentário numa rede social.

Portos dos Açores diz não existir processos disciplinares a trabalhadores da empresa

Autor: Lusa/AO Online

“Não há nenhum processo disciplinar a nenhum trabalhador da empresa Portos dos Açores neste momento”, afirmou à agência Lusa o presidente do Conselho de Administração (CA), Rui Terra.

O PS/Açores pediu a audição na Assembleia Regional do comandante Lizuarte Machado, depois de o trabalhador da empresa pública Portos dos Açores ter sido alegadamente alvo de um processo disciplinar devido a um comentário numa rede social.

Rui Terra acrescentou que, “neste momento”, não está “em cima da mesa” a “hipótese” de abrir uma participação disciplinar sobre a conduta daquele funcionário.

“Eu julgo que os atos dele falam por si. Não é preciso ser um administrador ou gestor de uma empresa para admitir que a deslealdade está patente em todo o processo”, acrescentou Rui Terra, referindo-se à posição de Lizuarte Machado.

O presidente da gestora portuária da região salientou ainda que “o que se passa internamente na Portos dos Açores é tratado internamente” na empresa.

“Acreditamos que toda a gente tem direito à sua opinião. A Portos dos Açores não se identifica é com as opiniões manifestadas pelo seu colaborador Lizuarte Machado. Especialmente quando o objetivo é denegrir a imagem do atual CA, a quem ele devia servir, e o próprio secretário dos Transportes”, afirmou.

Rui Terra afirmou também que o comentário de Lizuarte Machado “não é adequado” a um trabalhador “abrangido por um código de ética e pelos deveres do trabalhador de código civil”.

“Demonstrámos a nossa posição numa reunião privada só com o próprio, para que isso não acontecesse no futuro. Tentámos dizer é que não achamos aceitável que um colaborador nosso, numa rede social pública, acuse o CA de ser delirante ou o secretário dos Transportes de ser delirante. Isso não é aceitável”, acrescentou o responsável pela empresa pública.

Numa carta enviada ao presidente do Governo dos Açores, a que a agência Lusa teve acesso, Lizuarte Machado diz ter sido convocado para uma reunião com o Conselho de Administração (CA) da Portos dos Açores, a 28 de janeiro.

O comandante revela ter sido “surpreendido com o teor da reunião e, sobretudo, com a ameaça de instauração de um processo disciplinar, por alegada deslealdade e declarações insidiosas para com o secretário regional da tutela e com o CA da Portos dos Açores”.

O piloto apela à intervenção do líder do executivo açoriano, o social-democrata José Manuel Bolieiro, uma vez que a “liberdade de expressão é um direito constitucionalmente consagrado”.

Segundo Lizuarte Machado, em causa está um comentário realizado numa publicação da página da IL/Açores sobre o local dos Transportes Marítimos Graciosenses (TMG) no porto da Praia da Vitória na ilha Terceira.

“Quanto ao facto de a Portos dos Açores querer desalojar os TMG do local que ocupam no porto comercial da Praia da Vitória, diria que, com este secretário regional dos Transportes e com esta administração, por mais delirante que seja, tudo é possível”, lê-se num excerto do comentário em causa, que Lizuarte Machado anexa na carta dirigida ao presidente do governo.

Lizuarte Machado, piloto e especialista em transporte marítimo, é autor de uma extensa obra sobre a construção naval nos Açores, tendo ainda sido deputado do PS/Açores na Assembleia Regional.


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