Açoriano Oriental
PCP quer solução para evitar transferência de reclusos
O líder do PCP/Açores defendeu hoje a necessidade de uma solução urgente para evitar a transferência para o Continente de reclusos residentes no arquipélago, alegando que essa situação dificulta o seu processo de reinserção.

Autor: Lusa / AO Online
    "Por se tratarem de estabelecimentos prisionais regionais, os presos residentes nos Açores e que são condenados a penas de prisão maiores têm que ser afectos a cadeias centrais no Continente e isto acarreta problemas ao nível da reinserção que se pretende fazer desta população", afirmou Aníbal Pires.

    O dirigente comunista açoriano falava, em Ponta Delgada, à saída de uma visita ao estabelecimento prisional local, na ilha de São Miguel.

    Para o líder dos comunistas açorianos, a distância entre os Açores e o Continente resulta, assim, numa perda de ligação à família, já que os reclusos transferidos deixam de ter a possibilidade das visitas dos familiares, o mesmo sucedendo quando passam para o regime aberto, que permite saídas para o exterior, sem família e amigos.

    "Há necessidade de encontrar uma solução para alterar este estatuto prisional para os Açores", frisou o dirigente do PCP/Açores, que disse ter indicações de já terem sido "deslocados para o Continente, este ano, 55 reclusos".

    Além da construção de novos estabelecimentos prisionais para os Açores, já anunciados este ano pelo Governo central, Aníbal Pires considerou essencial que seja "encontrado um estatuto" que permita aos reclusos residentes nos Açores cumprirem as suas penas na Região.

    O líder do PCP manifestou, ainda, preocupação em relação ao acompanhamento que é feito à população reclusa toxicodependente e aos "agressores sexuais de crianças", uma população prisional que disse ter "algum significado" na cadeia de Ponta Delgada.

    Depois da visita que efectuou à prisão de Ponta Delgada, Aníbal Pires disse ter verificado que a cadeia, com cerca de 200 reclusos, tem celas "lotadas", nomeadamente na ala masculina, "onde convivem 15 homens, sem condições e privacidade", apesar de a direcção "ter encontrado uma solução que libertou um pouco o número de presenças em cada uma das celas".
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