Autor: Lusa/AO Online
Decorreu uma sessão de esclarecimento sobre a situação da companhia área SATA, à porta fechada, com o presidente do grupo, Luís Rodrigues, o líder do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, e as forças representadas na Assembleia Regional.
No final da reunião, em declarações aos jornalistas, o socialista Francisco César afirmou que a SATA está “acima de qualquer querela partidária” e disse estar satisfeito pela reestruturação da empresa conseguir “acompanhar” o aumento dos fluxos turísticos da região.
O deputado do PS mostrou-se, contudo, preocupado com o prejuízo registado pelo grupo no primeiro semestre do ano e pela possibilidade do encerramento das gateways Santa Maria, Faial e Pico caso não exista uma “alteração no modelo de obrigações de serviço público”.
O líder parlamentar do PSD/Açores, Bruto da Costa, afirmou que o “grande problema da SATA é o que vem detrás”, como o “peso de juros e de divida”.
“Saímos dessa reunião com a noção clara que a SATA mantém a importância, mas também de que é possível ter um futuro que não continue a pesar excessivamente no bolso dos contribuintes”, assinalou.
A centrista Catarina Cabeceiras considerou que existe uma “evolução positiva” das “reformas implementadas” na companhia e destacou que 50% dos passageiros que viajam na SATA Air Açores (responsável pelas ligações interilhas) provém da Azores Airlines (que liga a região ao exterior).
O líder do PPM/Açores, Paulo Estêvão, realçou que o desequilíbrio das empresas “tem a ver com a divida acumulada”, mas destacou que a “partir do próximo ano as empresas estão perfeitamente equilibradas”.
O deputado da IL, Nuno Barata, disse não ter “garantias” de que a Azores Airlines não vai continuar a “acumular os prejuízos e a onerar os contribuintes” e defendeu que "não faz sentido pagar para continuar a aumentar a dívida" da companhia, referindo-se a aumentos de capital públicos.
O parlamentar do Chega, José Pacheco, considerou “fundamental salvaguardar” a SATA Air Açores, mas disse ter “sérias dúvidas” sobre a viabilidade da Azores Airlines.
O deputado não inscrito, Carlos Furtado, disse não ter ficado com “certezas” de que o “futuro vai ser promissor”, salientando o “peso” da SATA no orçamento regional (cerca de 5%) e as "dificuldades da conjuntura interacional" previstas para 2022.
O líder parlamentar do BE, António Lima, salientou que existem “alguns sinais preocupantes” na SATA e criticou a “indefinição” sobre o futuro da companhia que existe na “maioria que suporta” o Governo dos Açores, que considerou o “principal fator de instabilidade” do grupo.
Já
Pedro Neves, do PAN, afirmou que a “linha vermelha” do partido para o
futuro da transportadora são os “despedimentos de trabalhadores”, algo
que não está previsto no Plano de Reestruturação.
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