Açoriano Oriental
Pão do Mar apresentou contraproposta sobre apoios

Associação Pão do Mar pretende um aumento das verbas relativas ao pagamento suplementar aos apoios comunitários do POSEI. Mário Rui Pinho prometeu nova reunião sobre este tema “até junho”

Pão do Mar apresentou contraproposta sobre apoios

Autor: Rafael Dutra

A Associação Pão do Mar apresentou uma contraproposta relativamente ao pagamento suplementar do POSEI, tendo o secretário regional do Mar e das Pescas afirmado que o Governo não assumiu o compromisso de pagar esta verba, mas adiou uma decisão final em nova reunião a ter lugar até junho.

O Secretário Regional do Mar e das Pescas, Mário Rui Pinho, reuniu-se na passada sexta-feira com a Associação Pão do Mar, que representa os industriais de conservas dos Açores.

Na ocasião, em declarações à Antena 1/Açores, o presidente da Pão do Mar disse que as conserveiras não aceitam justificações quanto às dificuldades orçamentais para o pagamento do POSEI.

“O compromisso que tinha sido assumido  pelo primeiro governo de Bolieiro não vai ser honrado e não vai ser honrado não por falta de orçamento, mas por opção, porque este apoio suplementar já foi pago, foi pago em 2019, foi pago em 2020 e foi pago num contexto  em que o fosso competitivo da indústria conserveira regional relativamente às congéneres do continente era  menor do que aquele que é agora, é uma questão de opção política”, afirmou Telmo Magalhães.

Por sua vez, o secretário regional do Mar e das Pescas, citado em nota de imprensa, afirmou que foi feita uma “revisão da situação atual”, e apresentou o calendário de pagamentos relativos aos apoios do POSEI.

“Todos os problemas administrativos” sobre este tema estarão resolvidos até março, prosseguiu Mário Rui Pinho, assegurando que serão concretizados os pagamentos referentes a 2021, 2022 e 2023, ao passo que 2024 será pago no ano seguinte “e a partir daí” será garantida a plena estabilização anual destes pagamentos.

As conserveiras apresentaram na reunião uma contra-proposta referente ao pagamento suplementar, não presente no Orçamento para este ano, procurando um mecanismo para nos anos seguintes serem transferidas verbas neste campo.

“A ideia é aumentar ligeiramente o envelope financeiro, que era de 900 mil euros. Nós propusemos que o valor passe para 1 milhão e 250 mil euros e que no início de 2026 seja pago o ano de 2024, e assim sucessivamente, sendo que o aumento do envelope financeiro visa mitigar a falta de pagamentos dos anos de 2021, 2022 e 2023”, defendeu Telmo Magalhães à Antena 1/Açores.

Mário Rui Pinho assegurou que o governo vai analisar a situação proposta, e garantiu o compromisso de voltar a reunir com a Pão do Mar, “até junho”, de forma a tomar “uma decisão final de como é que este processo pode evoluir”.

PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados