Açoriano Oriental
Nuno Barata é candidato único à liderança da IL/Açores no plenário de sábado

A Iniciativa Liberal/Açores elege no sábado o seu coordenador regional, num plenário que decorre na ilha de São Miguel, tendo sido apresentada uma lista única encabeçada pelo atual líder e único deputado na região, Nuno Barata.

Nuno Barata é candidato único à liderança da IL/Açores no plenário de sábado

Autor: Lusa/AO Online

“Libertar os Açores e os açorianos” é o mote do documento de orientação política apresentado pelo único candidato à liderança da IL/Açores, que ocupa o cargo desde 2020.

Na proposta, que será votada em plenário, Nuno Barata defende “uma região mais livre, mais capaz, mais responsável e menos dependente de ajudas e favores políticos”, revelou o partido, em comunicado de imprensa.

Para que tal aconteça, o candidato à liderança da IL/Açores considera que é preciso “reduzir a ocupação do sistema político-administrativo pelo partido do poder ou partidos no poder” e “fomentar uma sociedade civil saudável e uma economia livre, onde a cor política não é vantagem ou obstáculo”.

Nuno Barata propõe ainda “libertar o investidor e o cidadão da dependência de aprovações administrativas e complicações desnecessárias” e “retirar o Estado e a Região Autónoma do comando da economia e do setor empresarial, libertando o contribuinte de gestões perdulárias e partidarizadas”.

O candidato liberal reivindica “um sistema fiscal competitivo” na região, que leve “ao limite a redução dos impostos permitida pela lei”, e alega que foi por iniciativa da IL que foi aprovado “o maior choque fiscal de sempre nos Açores”.

“Um euro de imposto representa uma perda líquida de 40 cêntimos de bem-estar”, salienta, exigindo “uma região mais livre das peias dos impostos e dos regulamentos asfixiantes da economia e das liberdades individuais”.

O dirigente da IL/Açores afirma que “o uso continuado de socialismo enfraqueceu a economia, a sociedade civil e até as instituições políticas” na região.

“A asfixia de 24 anos de poder monopartidário e de políticas repetitivas e estatistas trouxeram os Açores aos piores lugares nos ‘rankings’ europeus da pobreza, do desemprego, do rendimento médio das famílias, da educação e até da assistência na doença”, advoga.

Barata reitera que é preciso “libertar os Açores e os açorianos de serem contribuintes forçados de projetos megalómanos” e reclama “melhores soluções nos transportes aéreos e marítimos, na energia, na saúde, na educação e até no setor primário”.

“Há lugar para política à séria, reformista, moderada, mais ambiciosa, arrojada e contemporânea, que propõe soluções que funcionam, que funcionaram sempre que foram tentadas, em toda a parte do mundo”, sublinha.

Em outubro de 2020, a Iniciativa Liberal concorreu pela primeira vez a um ato eleitoral nos Açores, nas eleições legislativas regionais, com listas em três dos 10 círculos eleitorais possíveis, tendo elegido um deputado pelo círculo de compensação.

O PS, que governava a região há 24 anos, venceu as eleições, mas sem maioria absoluta, e o PSD, segundo partido mais votado, formou coligação com CDS-PP e PPM.

Sem maioria no parlamento açoriano, os social-democratas assinaram acordos de incidência parlamentar com a IL e com o Chega (em conjunto com CDS-PP e PPM).

Nuno Barata Almeida e Sousa, que se recandidata por mais dois anos à liderança da IL/Açores, tem 56 anos, é licenciado em Estudos Europeus e Política Internacional e era gestor portuário antes de ser eleito deputado regional, em outubro de 2020.

Já tinha sido deputado à Assembleia Legislativa dos Açores, entre 1996 e 2000, pelo CDS-PP.

O Plenário Regional do Núcleo Territorial dos Açores da Iniciativa Liberal (semelhante a congressos noutros partidos) reúne-se no Parque de Ciência e Tecnologia da Ilha de São Miguel, Nonagon, contando com a participação de militantes de várias ilhas e de dirigentes nacionais do partido.

Para além da eleição de novos órgãos regionais, serão aprovadas neste plenário as linhas de orientação da IL/Açores para os próximos dois anos.

Os liberais açorianos vão analisar também em plenário a criação do regimento de funcionamento do núcleo territorial dos Açores e dos grupos de coordenação regional e de ilha.


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