Açoriano Oriental
Museu Carlos Machado apresenta nova identidade

O Museu Carlos Machado conta com uma nova identidade que passa por um novo logótipo, um site mais facilitador e uma nova forma de comunicar com os diversos públicos.


Autor: Susete Rodrigues/AO Online

O conceito do novo logótipo parte da própria sigla do Museu ‘MCM’ e da “ideia de tentar renovar a identidade do museu e a sua forma como se apresenta ao público”, afirma o designer Alexandre Laranjeira, explicando que existiu a preocupação de mostrar um outro lado do museu, “um museu que está preocupado em renovar e inovar a sua imagem e acompanhar os tempos que correm e, o conceito principal do logótipo foi tirar partido da sigla ‘MCM’ para criar a nova identidade. Juntamente com as três letras da sigla do museu vêm os seus três núcleos, que foram simplificados graficamente em três espaços representados por quadrados. Por fim, fez-se um cruzamento entre estes elementos, dando origem à nova identidade do Museu Carlos Machado”.

Nesta linha surge o novo site onde se pode consultar as informações do museu, agora de uma forma mais direta e simples. O conceito do site e do logótipo “estão interligados porque a ideia foi sempre a de simplificar a forma como comunicamos, ter uma comunicação mais direta com o público e o site traz isso mesmo, a facilidade das pessoas interagirem com o museu, onde podem consultar as nossas exposições, as nossas coleções e os eventos que realizamos, de forma simples”, disse Alexandre Laranjeira.

Recorde-se que o Museu Carlos Machado esteve encerrado por ocasião do confinamento e, de certa forma, teve que se adaptar aos novos tempos, daí a necessidade de uma nova estratégia de comunicação. “Começámos a realizar diversos conteúdos digitais que fomos publicando nas redes sociais”, refere Sandra Bairos, coordenadora da comunicação, frisando que o site acaba por ser uma peça fundamental porque permite “as visitas virtuais às exposições e aos nossos núcleos e também ao programa educativo, porque temos um conjunto de ações em que nos deslocávamos – às escolas ou instituições, por exemplo - que nesse tempo de pandemia nem sempre isso é possível e nesta matéria o site facilita essa aproximação com os públicos que, assim, têm acesso aos nossos conteúdos”.

O serviço educativo do Museu Carlos Machado foi retomado aquando do desconfinamento, mas seguindo as orientações da Autoridade de Saúde Regional, com a “redução do número de elementos para cada visita, sendo certo, também, que o número de instituições e de pessoas que nos procuram é reduzido, por isso criamos novas estratégias nesse serviço que passa pelo streaming (transmissão de conteúdos online) onde, por exemplo, estamos nas salas de aulas e tudo o que iríamos mostrar fisicamente aos alunos, fazemos online, ou seja, os alunos podem fazer as perguntas e nós respondemos, fazemos as visitas aos locais indicados, a duração da visita é igual como se estivessem cá” explica a coordenadora de comunicação. Sandra Bairos sublinha ainda que “as escolas e os professores procuram sempre o museu para consolidarem os conteúdos que lecionam e nesse aspeto continuam a querer consolidar essa informação com o museu. Então, se não podem vir, esta estratégia do streaming acaba por ser muito facilitadora”.

De acordo com Duarte Melo, diretor do Museu Carlos Machado, antes da pandemia já existia a preocupação de renovar a imagem do museu, até porque “o logótipo anterior já tinha mais de 20 anos e estava ultrapassado no tempo; e a pandemia veio requerer uma reflexão. Com este novo logótipo o museu apresentar-se-á ao público com outra dinâmica porque estamos também num tempo novo, num tempo de muitas perguntas e as instituições têm de se perguntar sobre a sua missão e que papel é que querem desempenhar junto das pessoas, percebendo que não se pode viver sem essa dimensão cultural porque seríamos vazios”.

Com uma grande carga evocativa da missão do Museu Carlos Machado, enquanto serviço público, “não só na divulgação e conservação dos seus espólios e de todo o seu património, mas sobretudo no serviço que presta à comunidade na medida em que é um museu de território e das suas gentes, este novo logótipo, todo ele, é uma construção”, adianta o diretor do museu.

Duarte Melo lembra que na altura do confinamento “houve sempre uma preocupação quer da parte técnica quer de todos os colaboradores do Museu Carlos Machado em trabalharem as suas coleções e nesse sentido reforçamos o nosso trabalho, usando as ferramentas da atualidade que nos permitem partilhar as experiências, como a internet, as redes sociais, e com toda essa renovação de imagem, de site e de comunicação, pretendemos, junto das populações, ajudar a aprofundar essa consciência própria de uma identidade, porque quer-se uma cultura despida de acessórios, porque a cultura nasce da alma de um povo”.

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