Autor: Lusa/AO Online
“O súbito e inesperado falecimento de Mário Mesquita deixa em choque os seus familiares e amigos próximos e é uma grande perda para os Açores e a sociedade açoriana”, vincou ainda o fundador do PSD e antigo presidente do Governo Regional dos Açores, numa nota escrita enviada à Lusa.
O fundador do PS, professor universitário e vice-presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), Mário Mesquita, morreu aos 72 anos, disse à agência Lusa fonte socialista.
Mota Amaral lembra que Mário Mesquita, nascido em Ponta Delgada, nos Açores, “foi, desde muito novo, uma pessoa de fortes convicções e um lutador por elas”.
“Formado num ambiente de oposição à ditadura do Estado Novo, andou à bulha com a Censura e com a PIDE [polícia política], sinistras instituições encarregadas de zelar pela ortodoxia imposta pelo regime, quando ainda andava no liceu e depois na universidade, já em Lisboa”, descreveu.
O social-democrata recordou ainda o envolvimento de Mário Mesquita na “fundação do Partido Socialista, ainda na clandestinidade”, e o facto de ter sido “o mais jovem jornalista alguma vez chamado a ocupar o cargo de diretor do Diário de Notícias”.
Naquela posição, “Mário Mesquita esmerou-se em defender as Regiões Autónomas dos ferozes ataques contra elas desferidos à época pelas forças centralistas, que identificou, em termos magistrais, como sendo ‘os burocratas, os tecnocratas e os militares’”.
“Afastado da política ativa, Mário Mesquita brilhou como jornalista e académico, com carreira na Universidade, promovendo nela o lançamento de estudos sobre Comunicação Social e fazendo discípulos capazes de continuarem as suas investigações e reflexões, entretanto divulgadas em livros de grande valimento”, assinalou.
Mota Amaral recordou ainda o empenho com que Mário Mesquita “velou, enfrentando fortes incompreensões mesmo dentro dela e ao mais alto nível, pelo maior envolvimento da Fundação Luso-Americana com as questões açorianas, durante o seu mandato como administrador […] donde surgiram os colóquios realizados em várias das nossas ilhas sob a invocação do presidente Franklin Roosevelt”.
“À sua filha e demais familiares e amigos, endereço, profundamente consternado eu próprio, as minhas sinceras condolências”, escreveu.
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