Açoriano Oriental
Open da Austrália
Michelle Brito quer somar pontos para entrada directa no Open da Austrália
A entrada directa no quadro principal do Open da Austrália no próximo ano é uma das metas da tenista portuguesa Michelle Brito, que ainda este ano tentará ganhar pontos nos torneios de Tashkent (Uzbequistão) e Québec (Canadá)
Michelle Brito quer somar pontos para entrada directa no Open da Austrália

Autor: Lusa/AO online

"Tenho poucos torneios até final do ano, mais dois. Um dos meus objectivos é o quadro principal da Austrália, ou então passar no qualifying", referiu a tenista escolhida para o prémio revelação da Fundação Luso-Brasileira.
Michelle Brito deslocou-se a Lisboa no âmbito de uma conferência de divulgação do prémio, cuja entrega decorrerá a 07 de Outubro no Casino do Estoril, e revelou que a sua vontade continua a ser a presença no WTA e a subida de lugares.
A tenista, de 15 anos, é a portuguesa melhor classificada desde sempre e ocupa neste momento o 135º lugar do "ranking", embora a 08 de Setembro tenha ocupado a 124ª posição. 
Este ano tem tido, aliás, alguns momentos altos para a jovem tenista, sobretudo depois das presenças nos "qualifyings" de Wimbledon e dos Estados Unidos, e dos encontros com a italiana Flavia Pennetta e a norte-americana Serena Williams.
"A maior vitória da minha carreira? Foi com a Flavia Penetta em Montreal (6-3, 0-6, 6-3). Ela era 'top-20' e foi uma das minhas melhores vitórias", disse a jogadora.
Michelle Brito falou também da vontade em continuar a disputar torneios no circuito profissional feminino (WTA) - a sua idade apenas lhe permite disputar 10 por ano - e mostrou não gostar da ideia de acumular também com os torneios ITF. 

"Quando ganhei o Orange Bowl decidi não jogar mais o ITF. O meu objectivo é ser uma grande jogadora no WTA, é bom ganhar um Grand Slam como júnior, mas o meu objectivo é o WTA e aí ganho muita confiança", explicou a tenista.
Michelle Brito justificou também que o acumular de competição gera muito cansaço e que a sua meta é melhorar e treinar para subir no WTA, o circuito que merece agora toda a sua atenção.
Na memória recente tem a "incrível" experiência de jogar com Serena Williams, com quem perdeu em Stanford (4-6, 6-3, 6-2) e depois de ter estado a ganhar, e o "mau dia" no jogo que fez na terceira ronda do "qualifying" dos Estados Unidos, com a romena Ioana Olaru (6-2 e 6-3).
O Estoril Open deverá voltar a estar nas apostas da tenista para o próximo ano, embora se mostre consciente de que terá que treinar mais terra batida, uma superfície que está longe das suas preferências: o piso rápido e a relva.
Para já fará 16 anos a 29 de Janeiro e irá continuar a treinar com o pai, António Larcher de Brito, numa fase em que pareceu mostrar estar mais distanciada da Academia de Nick Bolletieri, na Florida, Estados Unidos.
"O que eu sou, sou pelo meu pai. Já não vou há muito tempo à Academia, tenho estado a treinar com o meu pai, ele é o meu treinador e sabe tudo de mim", revelou a tenista, adiantando também que tem mais três anos de contrato com a IMG. 
A melhoria de jogo é uma das preocupações de Michelle, sobretudo ao nível do serviço, e a tenista tem estado a treinar essa vertente com Phil Dent, antigo jogador e pai do tenista Taylor Dent, que também orientou Maria Sharapova para melhorar a primeira pancada. 
"Há um mês estivemos a treinar com o Phil Dent, pai do Taylor, com o objectivo de melhorar o serviço, que é um dos pontos que a Michelle precisa. Agora temos mais estes dois torneios e depois ela já me disse que vai querer dormir uma semana, para descansar", referiu António Larcher de Brito.

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