Açoriano Oriental
Marca Açores deve refletir “o que verdadeiramente são os Açores”

Secretário Regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública visitou a Feira Taste Azores, em Lisboa, onde falou com os vários produtores, defendendo que a Marca Açores deve refletir “o que verdadeiramente” é a Região

Marca Açores deve refletir “o que verdadeiramente são os Açores”

Autor: Mariana Lucas Furtado

Começou na quarta-feira, o Taste Azores, uma feira que acontece no Centro Comercial Colombo, em Lisboa, e estará patente até dia 8 deste mês. O evento vai já na sua terceira edição, e não acontecia desde 2019, devido à pandemia.

O secretário regional das Finanças, Duarte Freitas, esteve no início da Feira, e percorreu todas as bancas das empresas presentes. Na ocasião, em declarações ao Açoriano Oriental, referiu que “este espaço no Colombo já é, de alguma forma, tradicional, para a exposição e divulgação dos produtos da Marca Açores”.

“Também estivemos no Norte Shopping, neste caso, pela primeira vez, e correu muitíssimo bem. Aqui, a informação que temos é que está a correr bem, as expectativas são excelentes”, acrescentou.

O governante avançou que “da parte da administração do Colombo, aquilo que nos dão nota é que é uma honra e algo muito positivo ter a marca Açores aqui presente, pela qualidade da organização que aqui trazemos, mas também pela especificidade dos produtos”. 

A Feira Taste Azores realizou-se, pela última vez, em 2019, e, segundo Duarte Freitas, notam-se alterações positivas relativamente à edição anterior: “O regresso está a ser muito interessante, e o feedback que obtemos dos produtores e aqueles que comercializam, é excelente. [Quanto à edição deste ano] o espaço é idêntico e os produtores, na sua maioria, já cá tinham estado. Mas as abordagens que trazem ao mercado, o tipo de produtos, o tipo de embalagem e a componente de marketing melhorou substancialmente. Houve aqui um claro upgrade naquilo que é a relação dos produtos e produtores da Marca Açores com as emergências do mercado”, frisou.

“Nesse sentido, ao Governo Regional, apraz-nos registar a capacidade que o tecido económico dos Açores teve, não só para resistir ao período pandémico, mas também para se recriar e poder estar a apresentar-se aos consumidores de uma forma completamente atual, respondendo àquilo que são os novos desafios dos consumidores, da distribuição e até das marcas”, prosseguiu o titular da pasta das Finanças, acrescentando que “a pandemia trouxe várias coisas más, mas também trouxe alguns desafios que acabaram por se tornar positivos”.

“Nota-se, aqui, num conjunto de empresários, que souberam adaptar-se, recriar-se, e reapresentar-se aos consumidores, aproveitando o tempo para a criatividade, aproveitando as novas fórmulas digitais de chegar aos consumidores, e aquilo que se nota é uma grande inovação relativamente há dois ou três anos”, elogiou o secretário.
Quanto à visão do Governo Regional para a Marca Açores, o secretário avançou que está, neste momento, a passar por um “processo de reforma estratégica”.

“Fizemos um concurso público internacional, que está em fase de execução, e aquilo que estamos a tentar construir é um caminho de comunicação, mas também até quase de sentimento, para que a Marca Açores possa representar, verdadeiramente, o que marca os Açores. Aquilo que é a sua especificidade, natureza, tranquilidade, capacidade de inspiração, nos vários produtos e serviços, e naquilo que os Açores têm para oferecer, de alguma forma tem de conter estas especificidades que marcam os Açores”, esclareceu Duarte Freitas.

“É assim que a marca poderá ser identificada e ser alcandorada a outros níveis, nomeadamente de qualidade dos produtos, mas também de procurar mercados de maior valor. Porque nós, além destas especificidades dos Açores, da natureza, singularidade, sustentabilidade, temos também uma outra característica é que as nossas produções são pequenas. E, portanto, nesse aspeto, a dimensão também pode ser, nalguns alguns aspetos, um handicap, noutros aspetos pode também projetar para um tipo de mercados premium, que é esse que grande parte dos nossos produtos pretende alcançar”.

Em relação às perspetivas da feira, segundo Duarte Freitas, “são as melhores”.

“Aqui a expectativa é enorme, não só porque há três anos não se participava, mas porque há vontade de apresentar novos produtos, novas abordagens, e porque os próprios consumidores se mostram ávidos de conhecer mais produtos dos Açores. Portanto, a nossa expectativa é continuar a construir este caminho de afirmação dos produtos da marca Açores, alavancados numa estratégia de marca que reflete aquilo que realmente marca os Açores: a singularidade, a tranquilidade, a sustentabilidade, a natureza, e é isso que os nossos produtos representam”, conclui.

A Feira Taste Azores está patente no Centro Comercial Colombo, no piso 0, até dia 8 de outubro. Além das bancas com produtos regionais, existirão também várias demonstrações de showcooking, e a atuação da TUCA – Tuna Universitária Corsários dos Açores, no sábado.

Este ano, a Feira conta com a participação de 19 empresas açorianas e duas bancas institucionais, uma da marca Açores, e uma do CADA – Centro de Artesanato e Design dos Açores. Entre as empresas representadas estão a Boa Fruta, Fat Tuna, Gorreana, Lactaçores, Leite Montanha, Magnificat, Mercado das Ilhas, Milhafre, MPD – Bensaude Distribuição, Picos da Aventura, Queijo Vaquinha, Quintal dos Açores, Restaurante Espaço Açores, Rosa Quental, Salsicharia Ideal, Sociedade Conserveira Açoriana, Sessenta – Spirulina Açores, Vega e Yoçor.

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