Açoriano Oriental
Luiz Sousa quer colocar Clube K entre os quatro primeiros da A1
O treinador da equipa feminina do Clube K pretende contribuir para a consolidação do clube no mais alto escalão da modalidade mas quer dar um passo em frente no crescimento da colectividade. O objectivo passa por espreitar um lugar entre os quatro primeiros classificados da prova
Luiz Sousa quer colocar Clube K entre os quatro primeiros da A1

Autor: Arthur Melo
Depois de em 2005/2006 ter orientado o Ribeirense, Luiz Sousa regressa aos Açores para orientar a equipa feminina do Clube K.
Neste intervalo, o técnico brasileiro passou pelo Leixões e Ala Gondomar (masculinos), abraçando um projecto que considera aliciante.
O sucessor de Nelson Reis no comando técnico da equipa aspira fazer crescer, competitivamente, o Clube K, pelo que os seus objectivos, dados a conhecer em entrevista ao “Açoriano Oriental”, estão bem definidos.

Quais foram os aliciantes que o fizeram abraçar o projecto do Clube K?
Em primeiro lugar foi ter um projecto. Portugal está carente de projectos com continuidade, não projectos para se jogar voleibol mas projectos cujo trabalho tenha consequência, projectos de desenvolvimento, de crescimento de um clube. Aqui há um projecto de desenvolvimento do desporto, do clube, e isso é muito aliciante.
E qual vai ser o seu papel neste projecto?
Num primeiro momento é dar à equipa sénior feminina a possibilidade de conquistar alguma coisa em termos competitivos. Tentar trazer mais jogadoras açorianas para a equipa. É neste sentido que estamos a trabalhar, dando-lhes oportunidades.
A médio prazo, o objectivo passa por colaborar no projecto de crescimento do clube. Não só das seniores femininas mas do clube. Este sim é o grande objectivo.
No fundo, trata-se de dar sequência ao trabalho que já vinha sendo desenvolvido?
Sim. A equipa subiu à Divisão A1, manteve-se nos últimos dois anos e isso não é fácil de atingir. Não é difícil, mas também não é fácil. No ano passado a equipa atingiu os seis primeiros e agora é tentar ser competitiva entre os quatro primeiros. Vamos ganhar aos quatro primeiros? Não sei! Vamos tentar ser competitivos entre eles. Este é o próximo passo.
Foi neste sentido que o plantel foi construído?
Foi neste sentido sim. Ser competitivo entre os quatro primeiros. Não sei se será possível já este ano, mas a curto/médio prazo terá de o ser.
As bases que encontrou na equipa mais o reforço efectuado no plantel visam ser competitivo entre os quatro primeiros. Esta Divisão A1 é muito desequilibrada, ou seja, existem quatro equipas quase intocáveis e depois existem as restantes. O Clube K pretende quebrar essa tendência?
Exactamente. Por isso é que afirmo que não sei se o vamos conseguir já nesta época. Sabemos que existem quatro equipas que são sempre muito fortes. Penso que temos equipa para ser competitiva entre os quatro. Conseguir entrar entre os quatro e depois manter é um passo diferente. É essa a dificuldade.
A base que ficou é realmente excepcional. As quatro jogadoras têm muita qualidade, demonstram muita vontade em trabalhar. Mudámos algumas peças por vontade do clube para tentarmos ser mais sólidos na conquista desses objectivos. Penso que estamos no bom caminho.
Nos Açores, o Luiz Sousa já foi um treinador de sucesso ao serviço do Ribeirense. Espera repetir ou ter ainda mais sucesso ao serviço do Clube K?
Sempre queremos mais. Foi uma grande época no Ribeirense. O clube tinha acabado de vir da A2 e conseguimos intrometer-nos entre os quatro primeiros. Não tínhamos um plantel que nos possibilitasse aspirar a tal, mas ao longo do campeonato conseguimos crescer. Vivemos muitas alegrias, com uma presença na final da Taça de Portugal e gostaríamos de voltar a experimentar aquelas alegrias aqui. O nosso objectivo é, por isso, estar entre os quatro primeiros, sem investimentos loucos ou exagerados, mas sim com muito trabalho. Este clube preza muito o trabalho.
Curiosamente, o primeiro jogo do campeonato do Clube K é frente ao Ribeirense. Já não é a primeira vez que defronta a equipa do Pico como adversário, mas no seu regresso aos Açores o primeiro jogo é um derby.
É bom, mexe connosco por saber a representação que o Ribeirense tem hoje em Portugal. É um clube que poderia ter vencido os dois últimos campeonatos da Divisão A1. É uma grande equipa e construiu uma nova grande equipa. Esperamos estar à altura do que o jogo representa. Como estamos no início da época, os dois clubes podem não estar no patamar competitivo que gostariam, mas a pressão vai originar um bom espectáculo e particularmente agrada-me imenso regressar ao Pico para defrontar o Ribeirense.
Qual vai ser a principal arma do Clube K no campeonato?
O conjunto. Estamos a trabalhar o conjunto, sermos fortes tacticamente para depois uma individualidade poder decidir um jogo. Mas a principal mensagem que transmito é a importância do conjunto. Se tivermos um bom conjunto, um bom entrosamento, podemos criar muitas dificuldades aos nossos adversários.
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