Autor: Lusa
“Não havendo, como me parece claro neste momento, qualquer possibilidade de aprovar um segundo orçamento, como era intenção do Governo Regional, o melhor é devolver a palavra ao povo. Foi isso que transmitimos ao senhor Presidente da República. A data está balizada por aquilo que refere o estatuto. São 60 dias após a dissolução da Assembleia [Regional]”,afirmou Vasco Cordeiro.
O deputado do PS/Açores falava aos jornalistas após uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que está hoje a receber no Palácio de Belém, em Lisboa, os partidos representados no parlamento açoriano sobre a situação política na região, após o chumbo do Plano e Orçamento para 2024, e a possibilidade de dissolução da assembleia regional.
Vasco Cordeiro sublinhou que a maioria que suporta o Governo Regional dos Açores vive “um ambiente conturbado”, defendendo a necessidade de “mudar de rumo”.
“Se estamos como estamos, do ponto de vista político nos Açores, isso deve-se ao doutor Bolieiro [presidente do Governo Regional e líder do PSD/Açores], ao doutor Lima [vice-presidente do executivo açoriano e líder do CDS-PP/Açores] e ao doutor Estêvão [líder parlamentar do PPM/Açores] que deram cabo daquilo que julgavam ser uma maioria no parlamento. Durante três anos perderam mais tempo em tricas e lutas internas de protagonismo do que propriamente tratar de levar os Açores para a frente”, frisou.