Autor: Lusa/AO Online
O também líder da IL/Açores, que concluiu na segunda-feira uma visita de cinco dias à ilha de Santa Maria, denunciou que o transporte de doentes urgentes e não urgentes, por parte dos Bombeiros Voluntários de Santa Maria, não “compensa sequer” os custos operacionais”.
O deputado, citado em nota de imprensa, referiu que a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários “até final do primeiro semestre deste ano, só com o serviço que presta à região, já acumulou um défice operacional de 10 mil euros”, o que considerou “inadmissível”.
Nuno Barata apontou a “cada vez maior dificuldade de recrutamento de bombeiros, sejam voluntários ou assalariados”, salientando que, “qualquer dia o problema não será comprar uma ambulância, será ter alguém para trabalhar com ela”.
O parlamentar defendeu a “importância da preservação ambiental aliada à sustentabilidade turística da região”, apontando que é preciso pensar “em formas de controlar acessos e cobrar entradas em vários locais emblemáticos das ilhas”.
Será uma forma também de “garantir receitas próprias para a manutenção destes locais”, sem que seja necessário à região ter que desembolsar outras receitas para garantir a sustentabilidade futura dos principais pontos e sítios de interesse e visitação, diz o deputado.
O líder da IL/Açores exortou, entretanto, o Governo Regional a “fazer diferente para resolver problemas que se arrastam, em diversas áreas e em diferentes ilhas, nalguns casos, há mais de 20 anos, sem que as respetivas tutelas tenham dado quaisquer respostas”, apontando que Santa Maria tem problemas crónicos semelhantes a outras ilhas da região.
“O que vamos fazer é contribuir, com as nossas iniciativas ou com a nossa magistratura de influência, para alterar o ‘modus operandi’ que tem vindo a ser seguido”, observou.
“Todos me dizem que há 20 anos que têm os mesmos problemas, que há 20 anos que andam a apresentar à tutela os problemas, mas que não têm tido resposta”, acrescentou.
Para o deputado, “se este Governo Regional, passados quase dois anos de mandato, continuar a lidar com estes problemas da mesma maneira que o anterior governo lidou durante 20 anos, certamente não vamos mudar nada”.
“A nossa intenção é contribuir para alterar este modo de fazer, porque só fazendo diferente se conseguem resultados diferentes”, afirmou o deputado.
Os liberais apontaram exemplos comuns às diferentes ilhas, como a “falta de valorização do trabalho dos bombeiros, abandono dos setores da educação e da saúde, a falta de fiscalização das zonas marinhas protegidas e das zonas de pesca, problemas ao nível das redes viárias, entre outros”.