Autor: Lusa/AO Online
“Vamos começar a fazer o levantamento dos prejuízos, fazer os registos e acautelar os rendimentos dos agricultores penalizados com base na produção do ano anterior”, disse António Ventura aos jornalistas em Florianópolis, à margem de um encontro com o governador do Estado de Santa Catarina, no Brasil, Carlos Moisés.
Ventura notou que a ilha de São Jorge enfrenta uma “manifestação natural que não é culpa de ninguém” e que, “tendencialmente, o que está a acontecer é que, por ausência de mão-de-obra nas fábricas, os agricultores não podem entregar o leite por não terem ninguém que o possa receber”.
Cerca de 2.500 pessoas já saíram do concelho das Velas, centro da crise sísmica de São Jorge, das quais 1.500 deslocaram-se por via aérea e marítima, e as restantes seguiram para o concelho vizinho da Calheta, considerado mais seguro pelos especialistas.
Relativamente aos agricultores, o secretário regional da Agricultura assegurou a disponibilidade do executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM em “acautelar o rendimento com base na produção do ano anterior”.
“Ninguém será prejudicado por via desta manifestação natural”, garantiu.
A Secretaria Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural dos Açores já tinha assegurado a disponibilização de locais seguros para a deslocação de animais na ilha de São Jorge, onde ocorre uma crise sismovulcânica desde 19 de março.