Açoriano Oriental
Governo quer 250 empresas certificadas até 2013
Há dez anos, existia nos Açores apenas uma empresa certificada. Hoje, são cerca de sessenta e o objectivo do Governo Regional é chegar às 130 em dois anos, e às 250 em 2013.
Governo quer 250 empresas certificadas até 2013

Autor: Paula Gouveia
Para alcançar a meta, explicou José Luís Amaral, director regional do Comércio, Indústria e Energia, à margem do colóquio “10 Anos da Qualidade nos Açores” que decorreu ontem em Ponta Delgada, foram preparados um conjunto de subsistemas de incentivos e programas de apoio.
“É uma meta bastante ambiciosa”, reconheceu  José Luís Amaral. No entanto, o director regional está convicto que, com os sistemas de incentivos disponíveis, as empresas vão aderir aos programas e apostar em sistemas de gestão pela qualidade e na inovação. Até porque, chamou a atenção o responsável, se as empresas não fizerem autocontrolo, vão acabar por ser excluídas.
Foi essa a mensagem que Duarte Ponte, secretário regional da Economia, deixou aos participantes do colóquio: “a aposta na qualidade deixou de ser um factor de diferenciação para passar a ser um factor de sobrevivência”. Como sublinhou Duarte Ponte, por um lado, o mercado ofereceu oportunidades de escolha e o cliente melhorou o poder de compra, e por outro lado, “o consumidor adquiriu uma cultura de exigência” e “as pessoas adquiriram a consciência de que podem exigir qualidade”.
E, porque  “cabe ao Governo promover políticas activas com vista ao desenvolvimento económico e social” e que “cabe às empresas definirem estratégias empresariais, agarrando as oportunidades de desenvolvimento, centrando a sua acção nos seus clientes, dando qualidade no produto ou serviço prestado”, o Governo criou mecanismos de apoio ao tecido empresarial. 
Para incentivar a implementação de Sistemas de Segurança e Qualidade Alimentar, estão disponíveis os programas SEPROQUAL e QUALIMAÇORES. As empresas de restauração e bebidas puderam também contar com os apoios do Sistema de Incentivos do Turismo (SIDET), alargado agora com o novo sistema de incentivos (Desenvolvimento Local) a todas as empresas do comércio e indústria alimentar.
Aprovado, mas a aguardar publicação em Jornal Oficial, está também o Sistema de Incentivos - Desenvolvimento da Qualidade e Inovação que tem por objectivo apoiar investimentos orientados para a introdução de metodologias, ferramentas de qualidade e inovação, no sentido de reforçar a competitividade e produtividade e potenciar a participação no mercado global.
Duarte Ponte revelou, na ocasião, que no âmbito do Desenvolvimento da Qualidade e Inovação, serão privilegiados investimentos dos quais resultem parcerias entre empresas ou entre empresas e instituições I&D. Terão também prioridade projectos-piloto demonstradores de soluções tecnologicamente inovadoras, eficiência energética e criação de postos de trabalho com qualificação académica e formação profissional.
Na sessão de abertura do colóquio, Figueiredo Soares, presidente da Associação Portuguesa para a Qualidade (APQ), fez menção ao trabalho que tem sido desenvolvido na Região nos últimos dez anos. Com a missão de  promover e divulgar os conhecimentos e práticas nos domínios da qualidade e da excelência, a APQ, referiu o responsável,  tem contribuído para a concretização dos objectivos das políticas regionais. Na opinião de Figueiredo Soares, os Açores estão “a sustentar uma estratégia de diferenciação pela inovação e excelência da oferta de produtos e serviço e pelo desenvolvimento e qualifcação do capital humano”.||
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