Autor: Lusa/AO online
“Tem duas vertentes. A primeira tem a ver com a aquisição de ‘stock’ e a segunda com um apoio, nos dois últimos trimestres, da aquisição desse papel, em 50%, no valor global de 80 mil euros”, adiantou o subsecretário regional da Presidência, Pedro Faria e Castro, à margem da leitura do comunicado do Conselho de Governo, reunido, hoje, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.
O objetivo, segundo o governante, é dar acesso às empresas de comunicação social à “criação de um 'stock', que lhes permita alguma estabilidade, na aquisição de papel”, e compensar o aumento de custos verificado, nos últimos meses, “através de uma majoração do valor do preço do papel”.
A proposta de resolução, aprovada hoje em Conselho de Governo, prevê a atribuição de um apoio extraordinário aos órgãos de comunicação social “para o ano de 2022”.
Com esta medida, o executivo açoriano comparticipa “a fundo perdido”, o montante necessário para a “constituição de um ‘stock’ de papel para tiragens relativas a um trimestre, até ao máximo de seis toneladas por beneficiário”.
Além disso, atribui “o montante equivalente a 50% do acréscimo do preço, face ao ano anterior, com a aquisição de papel para tiragens relativamente aos restantes trimestres”.
Em 08 de junho, a Gráfica Açorena, anunciou que os jornais Diário dos Açores, Correio dos Açores e Atlântico Expresso, publicados na ilha de São Miguel, deixariam de ser impressos, devido à "rotura de vários tipos de papel no mercado nacional e internacional", passando a ser distribuídos em “formato PDF”.
"Desde fevereiro que as empresas gráficas estão confrontadas com a rotura de vários tipos de papel no mercado nacional e internacional […] conseguimos até ao momento garantir papel com um custo três vezes superior ao papel próprio para impressão de jornais. Apesar do enorme encargo […] foi possível até agora manter a publicação regular […]. Porém, o último lote de papel serviu para imprimir os jornais que hoje publicamos”, indicou, na altura, a Gráfica Açoreana.
O Conselho Governo aprovou ainda uma proposta de decreto legislativo regional que visa a criação do Centro de Qualificação dos Açores, IPRA, e define o seu modelo de organização e funcionamento.
Segundo Pedro Faria e Castro, este novo centro vai substituir a Escola Profissional das Capelas, na ilha de São Miguel, que “já não respondia às verdadeiras necessidades no âmbito da formação profissional e da qualificação dos açorianos”.
“A Escola das Capelas teve o seu percurso. Viu-se que era necessário criar este centro de qualificação dos Açores, com novas valências, mais completo”, explicou.
O executivo açoriano aprovou também o relatório da Conta da Região, referente ao ano de 2021.