Autor: Lusa /AO Online
Os ‘leões’, que recebem na quarta-feira o Portimonense, sexto classificado, partilham o comando da prova com os ‘dragões’, ambos com 41 pontos, e o estatuto de únicas equipas invictas, enquanto o Benfica segue no terceiro lugar, com 37, em clima de contestação crescente ao treinador Jorge Jesus.
Os ‘encarnados’ estão pressionados, não apenas pelo atraso na classificação, mas também pelo desfecho do confronto de quinta-feira passada, dos oitavos de final da Taça de Portugal, em que os ‘dragões’ marcaram três golos nos primeiros 30 minutos e resistiram durante toda a segunda parte em inferioridade numérica, sem dificuldade aparente.
A expulsão do avançado Evanilson, que tinha marcado dois golos, poderá ter impedido um resultado mais desnivelado, mas o ‘clássico’ deixou outras marcas severas no Benfica, com Otamendi a ser expulso perto do fim e a agravar os problemas no eixo da defesa, já debilitado pela ausência de Lucas Veríssimo até ao fim da época, devido a lesão.
No FC Porto, o possível regresso do central Pepe compensa a perda de Evanilson – mais facilmente substituível -, no segundo ‘clássico’ seguido no Estádio do Dragão, que encerra a última ronda de 2021 e recoloca frente a frente os treinadores Sérgio Conceição e Jorge Jesus, ausentes do último embate por estarem suspensos.
O Sporting será um espetador muito interessado do ‘clássico’, apesar de só retirar dividendos do confronto entre os dois rivais na luta pelo título se confirmar o favoritismo na receção ao Portimonense.
A equipa lisboeta, que, tal como o adversário, se qualificou esta semana para os quartos de final da Taça de Portugal, venceu todos os 18 encontros em que recebeu os algarvios para o campeonato, mas o Portimonense está a efetuar um percurso quase irrepreensível como visitante na I Liga.
O conjunto de Portimão venceu cinco dos sete jogos disputados fora de casa – um dos quais em pleno Estádio da Luz, por 1-0 -, tendo sofrido uma única derrota, registo que apenas é superado pelos três ‘grandes’, ainda invictos fora de portas.
O treinador Rúben Amorim tem-se debatido com algumas ausências devido a infeções com o coronavírus – Tiago Tomás e Ricardo Esgaio seguiram-se aos já recuperados Coates e Paulinho -, tendo ainda outros jogadores a recuperar de lesão, como Porro, Feddal, Jovane Cabral e Rúben Vinagre.
Na terça-feira, o Estoril Praia, outra equipa que está a superar as expectativas, quererá manter o quinto lugar a salvo de qualquer surpresa que o Portimonense possa protagonizar em Alvalade e apagar a eliminação na Taça (derrota em Tondela), na visita ao Moreirense, 17.º e penúltimo classificado.
Os estorilistas têm um ponto de vantagem sobre o Portimonense e, em caso de triunfo em Moreira de Cónegos, igualam mesmo no quarto posto o Sporting de Braga, que também procura ‘sarar as feridas’ do afastamento ante o Vizela nos ‘oitavos’ da Taça de Portugal, na qual defendia o troféu.
Numa altura em que também sobem de tom as críticas ao treinador Carlos Carvalhal, os bracarenses estão ‘proibidos’ de perder pontos na visita de quinta-feira ao Arouca, 11.º posicionado, a escassos três pontos do lugar de ‘play-off’ de manutenção, ocupado pelo Famalicão.
Os famalicenses, eliminados na Taça pelo Portimonense, na estreia do treinador Rui Pedro Silva, recebem o lanterna-vermelha Belenenses SAD (derrotado nos últimos quatro jogos), num jogo de ‘aflitos’, indesejável condição também do Tondela (15.º), que encontra no Gil Vicente um tranquilo oitavo colocado.
Os gilistas disputam na terça-feira o encontro de abertura da 16.ª ronda e podem mesmo acercar-se dos lugares de acesso às provas europeias, tal como o Vitória de Guimarães, sétimo classificado, a dois pontos do Portimonense, que recebe no dia seguinte o Boavista (nono).