Açoriano Oriental
Duelo final para a Casa Branca realiza-se hoje em todo o país
Mais de 200 milhões de norte-americanos são chamados hoje a escolher o próximo Presidente dos EUA, entre o democrata Barack Obama e o republicano Mitt Romney, a eleger o Congresso e a responder em dezenas de referendos locais.
 Duelo final para a Casa Branca realiza-se hoje em todo o país

Autor: Lusa/AO online

Após a campanha mais cara de sempre, interrompida na semana passada pela passagem destruidora da tempestade Sandy, calcula-se que 40 por cento dos norte-americanos tenham votado antecipadamente, uma prerrogativa já utilizada, de forma inédita, pelo Presidente Barack Obama.

Nos últimos dias as duas candidaturas concluíram uma agenda frenética, que as levou a apostar tudo nos estados indecisos.

Neste sistema de eleição indireto, cada um dos 50 estados e o distrito federal de Columbia (Washington) tem um determinado número de "eleitores", num total de 538, que participarão no Colégio Eleitoral.

O candidato mais votado fica com todos os eleitores de cada estado, que vão de apenas três nos menos populosos, como o Montana, Dakota do Norte ou Wyoming (noroeste), aos 55 da Califórnia, 38 do Texas e 29 de Nova Iorque e da Florida.

Nos estados de Maine e Nebraska, os "eleitores" são repartidos consoante o voto popular.

Para alcançar uma maioria de 270 votos eleitorais, as campanhas contam com estados seguramente democratas a cada quatro anos, como a Califórnia ou Nova Iorque, e outros garantidamente republicanos, caso do Texas ou a Carolina do Sul, onde colocam poucos recursos.

Em cada eleição, há um grupo de estados, conhecidos como "battleground" (campo de Batalha) em que a luta pelos votos para o Colégio Eleitoral é disputada por vezes casa a casa.

Na votação de hoje, este grupo de estados é constituído pela Florida (29 votos), Virgínia (13 votos), Carolina do Norte (15 votos), Wisconsin (10 votos), Ohio (18 votos), Iowa (6 votos), Colorado (9 votos) e Nevada (6 votos). Nestes oito estados, as últimas sondagens davam diferenças por vezes de apenas um ponto percentual.

Para o Congresso, as sondagens indicam que as atuais maiorias republicana na Câmara dos Representantes (câmara baixa), onde estão em jogo todos os 435 assentos, e democrata no Senado (câmara alta), onde se elegem 33 dos cem lugares, deverão permanecer, obrigando o próximo Presidente a lidar com um Capitólio dividido.

Dezenas de candidatos luso-americanos vão também a votos, incluindo três para o Congresso - os republicanos David Valadao e Devin Nunes e o democrata Jim Costa, todos da Califórnia.

A nível estadual, uma das eleições mais importantes é a de Jack Martins, que em 2010 se tornou no primeiro luso-americano a chegar ao Senado de Nova Iorque na história recente.

Ao longo de todo o país, os eleitores vão ainda pronunciar-se em dezenas de referendos estaduais, como a legalização da marijuana no Colorado, Washington e Oregon.

Os eleitores de Washington, Maine e Maryland vão ser questionados sobre a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, enquanto no Minnesota a opção é a contrária, podendo os eleitores escolher que a constituição estadual defina casamento como uma união entre um homem e uma mulher.

Na Califórnia, a eliminação da pena de morte é um dos 12 referendos no estado e, se for aprovada, as sentenças de mais de 700 pessoas no ‘corredor da morte’ serão substituídas pela prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.

Os Estados Unidos têm quatro fusos horários, não contando com Alasca e Havai, e prevê-se que as assembleias de voto abram às 06:00 na costa leste [11:00 em Lisboa] e quatro horas depois na costa oeste.

O encerramento das urnas deverá acontecer às 20:00 locais [01:00 de quarta-feira em Lisboa] na maioria dos estados na costa leste e três horas mais tarde na costa oeste.

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