Açoriano Oriental
Diretor do SEF diz que é preciso “aguardar por todas as peças legislativas” sobre extinção

O diretor nacional do SEF disse hoje que é preciso “aguardar por todas as peças legislativas” para se definir “a forma como tudo se vai encaixar” no âmbito do processo de reestruturação daquele serviço de segurança.

Diretor do SEF diz que é preciso “aguardar por todas as peças legislativas” sobre extinção

Autor: Lusa/AO Online

“Sobre a definição de para onde vão os inspetores do SEF, estamos ainda a aguardar as peças legislativas que são importantes para a definição de como é que todo este modelo se vai encaixar”, disse Fernando Silva durante uma audição na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, pedida pelo PSD a propósito do processo de reestruturação do Serviço de Estrangeires e Fronteiras (SEF).

Fernando Silva disse que haverá inspetores que são transferidos “não só para as forças de segurança”, como também para a Agência Portuguesa para as Migrações e Asilo (APMA), que ainda não tem um diploma conhecido.

“Aguardamos o decreto-lei da APMA que é importante para definir a outra componente da atividade do SEF de documentação e regulação dos cidadãos estrangeiros em Portugal”, disse.

Fernando Silva sublinhou também que a questão da perda de conhecimento dos profissionais do SEF “não se coloca, porque os inspetores do SEF não vão desaparecer” e “vão transportar consigo esse conhecimento para as entidades para onde vão ser transferidos”.

Sobre o adiamento da extinção do SEF, que já aconteceu duas vezes depois de ter sido aprovada em novembro de 2021 no parlamento, o responsável afirmou que “o mais importante no final de tudo isto é que as coisas fiquem consolidadas e funcionem”.

“A pressa não é boa conselheira nestas questões”, frisou, sustentando que o processo “deve decorrer durante o tempo que for necessário para estas peças se encaixem”.

Sobre a base de dados do SEF, o responsável salientou que “estará a ser acautelada”, passando o sistema de segurança interna a fazer a gestão.

No âmbito da extinção do SEF, que entretanto foi adiada até à criação da Agência Portuguesa para as Migrações e Asilo (APMA), as competências policiais do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras vão passar para a PSP, GNR e Polícia Judiciária, enquanto as atuais atribuições em matéria administrativa relativamente a cidadãos estrangeiros passam a ser exercidas pela APMA e Instituto dos Registos e do Notariado.

Durante a tarde de hoje foram ouvidos no parlamento o comandante-geral da GNR, os diretores nacionais da PSP e da PJ e a presidente do conselho diretivo do Instituto dos Registos e Notariado (IRN).


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