Autor: Lusa/AO Online
No mesmo comunicado, a Casa Branca referiu que o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, irá visitar os dois países em representação de Barack Obama.
“Logisticamente, não foi possível avançar com estas viagens perante a paralisação da administração federal”, afirmou a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Caitlin Hayden.
“Uma vez que os dois países eram as últimas etapas da futura viagem do Presidente, o nosso pessoal não conseguiu deslocar-se ao local e não fomos capazes de avançar com o planeamento das visitas”, referiu a responsável, citada na nota informativa da Casa Branca.
A deslocação à Malásia e às Filipinas do líder norte-americano estava inserida num pequeno périplo à região asiática por ocasião de dois encontros internacionais: o Fórum de Cooperação Económica Ásia/Pacífico (APEC), que arranca na próxima segunda-feira em Bali (Indonésia), e a cimeira da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) no Brunei.
A presença do chefe de Estado norte-americano nestas duas cimeiras está ainda em dúvida.
Obama devia visitar a Malásia no dia 11 de outubro, seguindo depois para as Filipinas.
A saída de Barack Obama de Washington estava inicialmente programada para sábado.
A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional indicou que as duas visitas serão oportunamente reagendadas, sublinhando que Barack Obama espera visitar os dois países durante o seu segundo mandato.
Sobre a participação de Obama nas duas cimeiras internacionais, Caitlin Hayden disse que Washington vai continuar a avaliar as deslocações “em função da evolução da situação durante esta semana”.
“Para o bem da nossa segurança nacional e da nossa prosperidade económica, apelamos ao Congresso para reabrir os serviços federais”, concluiu a porta-voz.
Sem um acordo orçamental entre os democratas de Obama e a oposição republicana, que detém a maioria na Câmara de Representantes (câmara baixa do Congresso norte-americano), os Estados Unidos enfrentam desde terça-feira, no início de um novo ano fiscal, uma paralisação parcial dos serviços da administração federal.
Cerca de 800 mil funcionários considerados não essenciais, num total superior a dois milhões, foram colocados em licença não remunerada, e foram decretados os serviços mínimos em vários setores administrativos.
A situação também obrigou ao encerramento de parques nacionais, museus e monumentos públicos, como foi o caso da famosa Estátua da Liberdade, em Nova Iorque.
O último encerramento parcial dos serviços federais ocorreu em janeiro de 1996 e durou 21 dias.