Açoriano Oriental
Centro de investigação açoriano Okeanos com estudo para compreender alforrecas

O centro de investigação marinha da Universidade dos Açores Okeanos está a desenvolver um projeto que visa estudar a presença de águas vivas (alforrecas) no arquipélago, um “fenómeno recorrente”, disse à Lusa o investigador João Gonçalves.


Autor: Lusa/AO Online

Numa altura em que se assiste em São Miguel e no Faial, entre outras ilhas, a concentrações de águas vivas, João Gonçalves, coordenador do projeto, refere que durante três anos vai ser estudado o fenómeno por forma a apurar-se os “parâmetros que regulam o aparecimento” daqueles organismos, "estimando-se que tenha a ver com a intensidade do vento e altura do ano, quando as águas são mais quentes”.

João Gonçalves pretende com este estudo, que coordena, “estudar o comportamento das águas vivas ao longo do ano, vendo como evoluem e surgem nas praias”, conhecendo ainda o seu ciclo de reprodução.

Pretende-se ainda proceder à caracterização de novas espécies que “passam despercebidas” e que não são urticantes, mas “igualmente interessantes em termos ecológicos”.

O investigador refere que há quem defenda na comunidade cientifica que existe uma “maior ocorrência de águas vivas nas últimas décadas como consequência das alterações das cadeias tróficas dos oceanos”, alimentando-se estas de organismos gelatinosos, como algumas espécies de peixes e tartarugas marinhas.

“Se houver por ação humana uma redução dos predadores naturais das águas vivas e caravelas elas surgirão em maiores quantidades, havendo outras ações do homem, por via da pesca, que podem gerar consequências”, explica o docente da academia açoriana.

O coordenador do estudo declara que as praias a sul, expostas ao vento, são as mais vulneráveis à presença daqueles organismos, que devem ser evitados nos banhos de mar, principalmente nesta altura em que se começam a procurar os areais.

De acordo com o investigador, as águas vivas e as caravelas estão presentes nos Açores durante todo o ano, mas não nas quantidades que agora surgem.

O investigador ressalva que estes organismos são nesta altura mais visíveis porque os utentes começam a frequentar as praias, para salvaguardar que são uma presença assídua no Atlântico e Mediterrâneo por serem uma espécie de mar aberto, fazendo parte da fauna dos Açores, como as caravelas, devido ao posicionamento geográfico do arquipélago.

Estes organismos considerados urticantes possuem células especializadas que são utilizadas para capturar alimentos e defenderem-se.


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