Autor: Lusa/AO online
“A Igreja não pode, nem deve tomar, nas suas próprias mãos, a batalha política, para realizar a sociedade mais justa possível. Não pode nem deve colocar-se no lugar do Estado. Mas também não pode nem deve ficar à margem na luta pela justiça”, refere António Sousa Braga, na sua tradicional mensagem de Natal.
“Nem todas as possíveis opções políticas se coadunam com o Evangelho de Jesus”, escreve António Sousa Braga, insistindo que “há princípios e critérios da Doutrina Social da Igreja, derivados do Evangelho, que urge ter presente para humanizar a vida em sociedade”.
O bispo de Angra e ilhas dos Açores admitiu que este será “um Natal difícil, mas muito necessário”, num momento de grande incerteza em relação ao futuro e em que “urge reavivar a esperança”.
“Mais do que nunca é preciso redescobrir e viver o Natal com mais fé, fundamento da esperança. A fé cristã é esperança: garantia das coisas que se esperam e certeza daquelas que não se veem”, sustentou o prelado.
Para D. António Sousa Braga “toda a crise implica mudança” e este “é o Natal da mudança, para abrir caminho a uma sociedade mais justa e fraterna”.