Autor: Lusa/AO online
No início do mês, a instituição fundada pelo padre Américo publicou no AÇoriano Oriental uma listagem detalhada dos objetos e quantidades de que realmente necessita para a Casa das Laranjeiras, Lar de Transição e Casa Monte Alegre, que albergam no total 30 crianças e jovens entre os cinco e os 20 anos.
“Pela primeira vez, avançamos com aquilo que realmente precisamos. Sabemos que em termos de dinheiro as pessoas estão a dar cada vez menos donativos e quando lançamos campanhas de âmbito mais geral as pessoas dão coisas de que não precisamos”, afirmou a vice-presidente da Casa do Gaiato de S. Miguel.
Segundo Ana Paula Fonseca, em falta estão objetos de “desgaste rápido”, como copos, pratos, canecas e sofás”, sendo que quem quiser colaborar deverá entregar os objetos diretamente numa das Casa do Gaiato de S. Miguel.
“Neste momento, as pessoas estão a responder de forma tímida ao nosso apelo. Temos recebido alguns bens como pratos e talheres. Já recebemos um sofá-cama. Esperamos que as pessoas continuem a colaborar”, referiu Ana Paula Fonseca, acrescentando que esta campanha não tem prazo para terminar.
Dizendo que os açorianos são solidários por natureza, a responsável reconheceu, no entanto, que a solidariedade tende a diminuir muito devido às dificuldades impostas pela crise que o país atravessa.
“A sociedade é cada vez mais chamada a colaborar, mas as pessoas que querem dar também já não podem dar tanto como queriam”, salientou Ana Paula Fonseca, acrescentando que para a instituição, “pequenos gestos tornam-se grandes”.
A Casa do Gaiato de S. Miguel, que sobrevive com o dinheiro que recebe do Governo Regional, tem atualmente a sua capacidade de acolhimento esgotada.