Açoriano Oriental
BE/Convenção
Bloco foi "partido de esquerda" que "nunca" faltou à população" na pandemia, diz líder

A coordenadora bloquista defendeu que o partido voltaria a viabilizar o estado de emergência "sem a menor hesitação", porque o importante é "salvar vidas", salientando que o BE foi a força de esquerda que "nunca" faltou à população.

Bloco foi "partido de esquerda" que "nunca" faltou à população" na pandemia, diz líder

Autor: Lusa /AO Online

"Quando a pandemia começou e a ciência só sabia que o vírus era altamente contagioso, havia apenas uma medida a tomar: o confinamento, que implicou a restrição do direito constitucional de nos deslocarmos. Aprovámo-lo e voltaríamos a aprová-lo sem a menor hesitação", afirmou Catarina Martins, na abertura da XII Convenção Nacional do BE, que decorre até domingo, em Matosinhos, no distrito do Porto.

Defendendo que "não estava em causa nada mais importante do que salvar vidas", a líder bloquista rejeitou as críticas dos que dizem que “bastaria um confinamento entre 19 de março e 02 de abril de 2020 e que, a partir de então, a esquerda o deveria ter recusado durante todo o ano seguinte".

"Havia uma emergência e foi preciso atuar em emergência. O Bloco nunca abandonou as prioridades sanitárias e somos por isso o partido de esquerda que pode e deve dizer com confiança a toda a população que sofreu estes meses terríveis: nunca vos faltámos”, afirmou.

“Fizemos o que tínhamos que fazer para proteger toda a gente e nunca faltámos às medidas razoáveis que impedissem a pandemia e reforçassem o Serviço Nacional de Saúde", salientou a líder do BE - partido que viabilizou, a maioria pela abstenção, os estado de emergência, ao contrário de PCP e PEV.

Para Catarina Martins, “os números não deixam a menor das dúvidas”.

“Tivemos 99% das mortes depois dessas datas. Precisámos do confinamento em 2020 e voltámos a precisar em 2021 e fizemos bem em assumir a proteção da saúde do nosso povo", justificou.

A coordenadora apontou que, quando foi necessário tomar decisões, o partido não hesitou, salientando que não faz "parte do jogo da inconsciência", nem recusa "a emergência por conveniência de discurso partidário, aliás na esperança secreta de que a sua posição nem seja ouvida nem seja aplicada".

"Percebo que haja setores da direita para quem um euro de lucro vale mais do que uma pessoa contaminada, mas a esquerda é de outra fibra e não troca vidas por negócios", atirou.

Lamentando que Portugal registe hoje "mais de 17 mil pessoas mortas com covid-19 diagnosticada" e alertando que o "contágio não terminou", Catarina Martins garantiu que o BE não argumenta "com os negacionistas", pois "a irresponsabilidade não cabe no campo do argumentável".

De acordo com a líder, o BE também não debate "com os antivacinas" e não aceita "os governantes que, de Bolsonaro [presidente do Brasil] a Modi [primeiro-ministro da Índia], desprezam o seu povo".

Catarina Martins assinalou ainda as medidas adotadas na convenção (redução para metade do número de delegados, medição de temperatura à entrada ou afastamento entre cadeiras), salientando não há, no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos, "nada que se pareça com o congresso do partido da extrema-direita, onde os campeões negacionistas festejam a sua irresponsabilidade e arrogância".

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.445.582 mortos no mundo, resultantes de mais de 165,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 17.017 pessoas dos 844.288 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde



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