Autor: Rui Jorge Cabral
Em causa está a garantia de que a mobilidade dentro do território nacional “é uma responsabilidade do Estado central”, afirmou Pedro Filipe Soares, citado em nota de imprensa quando falava numa sessão pública no âmbito da campanha do BE nos Açores para as eleições legislativas do próximo domingo, 6 de outubro.
No entender do dirigente nacional do Bloco de Esquerda, “as pessoas não devem ter que fazer adiantamentos às companhias” e “só devem pagar o que é da sua responsabilidade e depois as companhias que se entendam com o Governo da República”.
Foi nesse sentido que, recentemente, a
Assembleia da República aprovou uma alteração ao subsídio social de
mobilidade para a Madeira que estabelece, a partir de 2020, o preço
máximo que os residentes e estudantes pagam por viagem, sendo o restante
valor pago pelo Governo da República às companhias aéreas. Contudo,
lamenta Pedro Filipe Soares, dois meses depois da aprovação desta
proposta, António Costa reabriu a discussão por “oportunismo” e “a
pensar nas eleições da Madeira”, acusou o líder parlamentar do BE.
Recorde-se
que António Lima é o cabeça-de-lista do BE pelos Açores nas eleições
para a Assembleia da República. Na mesma sessão, António Lima afirmou
que BE é o único partido que coloca medidas concretas para os Açores no
seu programa nacional, comprometendo todos os deputados eleitos com
estas propostas.