Autor: Lusa/AO Online
O Departamento de Estado anunciou que a digressão (entre 26 e 30 deste mês) começará em Israel, onde Blinken terá reuniões com o primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, com os ministros dos Negócios Estrangeiros, Yair Lapid, e da Defesa, Benny Gantz, e com o Presidente, Isaac Herzog.
Na Cisjordânia, o chefe da diplomacia dos EUA vai reunir-se com o Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, em Ramallah, bem como com representantes da sociedade civil palestiniana, para lhes transmitir "a importância de fortalecer as relações (…) e promover a liberdade, segurança e prosperidade para o povo palestiniano", de acordo com o comunicado do Departamento de Estado.
Em seguida, Blinken seguirá para Marrocos, onde terá um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Nasser Bourita, e com outros altos funcionários marroquinos, para discutir questões de cooperação bilateral, assuntos regionais, direitos humanos e liberdades fundamentais.
Aproveitando a sua presença em Rabat, o secretário de Estado norte-americano vai também reunir-se com o príncipe herdeiro dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed bin Zayed al Nahyan, para falar sobre segurança regional.
A última paragem de Blinken na região será na Argélia, onde reunir-se-á com o Presidente, Abdelmadjid Tebboune, e com o seu homólogo, Ramtane Lamamra, com quem discutirá segurança e estabilidade regional, cooperação comercial, direitos humanos e liberdades fundamentais.
O Departamento de Estado informou que ao longo desta viagem Blinken transmitirá a todos os seus interlocutores que os EUA estão solidários com o Governo e o povo da Ucrânia face à agressão perpetrada pela Rússia.
A visita de Blinken a Marrocos e à Argélia surge depois de o Governo espanhol ter aprovado o plano marroquino para o Saara Ocidental, que suscitou preocupação pelo impacto nas relações hispano-argelinas, uma vez que Argel é o principal fornecedor de gás para Espanha.
O Governo norte-americano reiterou, na sexta-feira passada, que o plano de Marrocos para o Saara é uma iniciativa "séria, credível e realista", depois de a Espanha ter apoiado esta proposta marroquina, apresentada em 2007.
O ex-Presidente dos EUA Donald Trump (2017-2021) reconheceu a soberania marroquina sobre o território da ex-colónia espanhola disputada entre Marrocos e a Frente Polisário, em troca de Rabat normalizar os laços com Israel - um reconhecimento que o atual Presidente, Joe Biden, manteve.