Açoriano Oriental
Bispo pede atenção a quem sofre com a pandemia

Na Mensagem da Quaresma, apela ao envolvimento dos diocesanos, fazendo da caridade “um impulso de coração”. Renúncia quaresmal será a favor das vítimas da Covid-19.

Bispo pede atenção a quem sofre com a pandemia

Autor: Paula Gouveia

A Comissão Diocesana da Pastoral da Saúde e a Cáritas diocesana serão os destinatários da renúncia quaresmal da Diocese de Angra “para ajudar a suster os efeitos desta pandemia”, anunciou o bispo de Angra na mensagem para a Quaresma deste ano, divulgada no sítio Igreja Açores.

“Neste ano, mais uma vez não poderemos ignorar a pandemia que nos invade e tanto sofrimento, pobreza e solidão está a provocar. Esta situação apela à partilha com todos os que sofrem”, afirma D. João Lavrador na mensagem inspirada no Evangelho de Marcos: “Iam a caminho, subindo para Jerusalém, e Jesus seguia adiante deles” (Mc. 10, 32).

Neste sentido, determina que “o fruto da renúncia quaresmal a nível da diocese, em todas as comunidades cristãs, será para ajudar as vítimas da pandemia da Covid-19. Será repartido em partes iguais pela comissão diocesana da pastoral da saúde e pela Cáritas diocesana para ajudar a suster os efeitos desta pandemia”, esclarece o prelado diocesano.

“Dado que esta dádiva é de máxima urgência, pede-se que este ano as paróquias façam a entrega do montante da renúncia quaresmal o mais depressa possível” sublinha D. João Lavrador ao apelar “à generosidade de todos os diocesanos”.

O bispo de Angra recorda que “o itinerário quaresmal” é um convite a “entrelaçar a vida de Jesus Cristo com a vida dos seus discípulos” e isso pressupõe que todos os batizados façam um esforço para “despertar para uma vivência mais autêntica da fé cristã”.

“É uma interpelação lançada a toda a pessoa, a todo o cristão mas sobretudo a toda a comunidade cristã. Ninguém pode ser cristão alheado do mundo no qual vive, nem da comunidade na qual é chamado a participar ativamente”, refere o bispo de Angra.

Por isso, “cada cristão, em itinerário quaresmal, fazendo ressoar em si mesmo a experiência de vida de Jesus Cristo e do próprio Povo de Deus que ao longo dos séculos foi chamado a caminhos de libertação e de comunhão com Deus e com os outros seus irmãos, terá de integrar as dores e os sofrimentos, as perplexidades e angústias, a solidão e o desespero de tantos homens e mulheres que anseiam pela libertação total que sabemos que só poderá vir de Deus”, adianta ainda.

Segundo o sítio Igreja Açores, para cumprir este itinerário, D. João Lavrador fala num caminho com passos próprios: “pelo jejum e pela esmola, pela ascese e austeridade de vida, pela escuta mais assídua da Palavra, pela frequência dos sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação e pela oração mais intensa e fervorosa, fortalecemos a comunhão com Deus e com os nossos irmãos”.

O bispo de Angra apela assim ao “despojamento”, à “integração na comunidade” e à edificação de uma “ sociedade de irmãos”.

O bispo deixa uma especial exortação aos sacerdotes que devem proporcionar aos cristãos “iniciativas de oração pessoal e comunitária, pela reflexão da Palavra de Deus, pela celebração mais frutuosa da Eucaristia e na celebração do sacramento da Reconciliação” e aos fiéis para que façam um esforço de conversão.

“Em caminhada sinodal, cada comunidade cristã interpelada em todos os seus membros a uma participação mais ativa na celebração dos sacramentos, nomeadamente da Eucaristia, e na missão evangelizadora da Igreja, renova-se e reforça o seu empenho apostólico através de uma vivência profunda do itinerário quaresmal”, conclui D. João Lavrador na sua Mensagem da Quaresma 2021.

A quaresma começa em Quarta-Feira de Cinzas, no próximo dia 17 de fevereiro, e termina pela tarde de Quinta-Feira Santa, antes da Missa Vespertina da Ceia do Senhor, com que se inaugura o Tríduo Pascal.

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