Autor: Lusa/AO online
Em comunicado, o partido, que conta com dois deputados na Assembleia Legislativa dos Açores, defende que as “medidas anunciadas pelo Governo” dos Açores “para combater os efeitos da inflação são insuficientes”.
“Depois de o BE ter chamado a atenção, desde abril e por diversas vezes, para o problema da inflação, o Governo Regional finalmente acordou e aprovou algumas medidas de mitigação dos impactos da inflação”, lê-se na nota de imprensa.
O Governo Regional vai aumentar os apoios à compra de medicamentos, ao abono de família e à tarifa social de eletricidade, disponibilizando um milhão de euros mensais para “mitigar o efeito da inflação”, revelou hoje o vice-presidente.
“Vamos aumentar o rendimento disponível das famílias. Já o tínhamos feito e nem sequer pensávamos em [aumento da] inflação. Continuamos a atuar, proativamente e preventivamente, com medidas temporárias para mitigar o efeito da inflação. Com as ações tomadas anteriormente, a inflação, que nos Açores é de seis e pouco por cento, está a ter um impacto real de apenas um e pouco por cento”, afirmou o número dois do Governo, Artur Lima (CDS-PP/PP).
O Bloco avança ter entregue um requerimento no parlamento açoriano para que o executivo liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro “explique quando e como serão aplicadas as propostas de combate à inflação aprovadas por unanimidade no parlamento” por iniciativa dos bloquistas.
O partido refere-se, por exemplo, ao aumento do complemento regional de pensão, ao aumento de salários na função pública, através da remuneração complementar, a apoios sociais ou à regulação de preços através do estabelecimento de margens máximas de comercialização.
“Apesar de as medidas aprovadas pelo Conselho de Governo serem positivas, elas não são suficientes. Não se compreende porque ficaram de fora as outras medidas já aprovadas no parlamento por unanimidade por proposta do BE”, realça o partido.
O BE realça que o executivo “não aprovou qualquer medida dirigida aos trabalhadores”.
“O Governo mostra, assim, que prefere ver os preços dos bens essenciais a subir, deixando muitos açorianos com cada vez mais dificuldade em adquirir bens alimentares, em vez de interferir no mercado para impedir a especulação”, conclui o comunicado.