Açoriano Oriental
Atlânticoline com aumento de passageiros e viaturas transportadas nos Açores

A empresa pública açoriana de transportes marítimos, a Atlânticoline, registou entre janeiro e setembro, um aumento de 15% no número de passageiros e de 7% nas viaturas transportadas, revelou a administração.

Atlânticoline com aumento de passageiros e viaturas transportadas nos Açores

Autor: Lusa/AO Online

“Foi um verão muito complicado, em termos de trabalho”, admitiu Francisco Bettencourt, administrador da Atlânticoline, em conferência de imprensa, a bordo do navio “Mestre Jaime Feijó”, atracado no porto da Horta, adiantando que, “apesar de todos os constrangimentos”, a empresa conseguiu transportar mais de 418 mil passageiros e de 26 600 viaturas entre as ilhas do grupo Central (Faial, Pico, São Jorge, Graciosa e Terceira) e entre as ilhas do grupo Ocidental (Flores e Corvo).

Para além do crescimento no número de passageiros e viaturas transportadas, aumentou também o número de rotas efetuadas e Francisco Bettencourt entende que ainda é possível crescer mais em 2023.

“Nós podemos crescer. E essa é uma parte boa. E as próprias taxas de ocupação dizem isso”, reconheceu o administrador da Atlânticoline, referindo que há taxas de ocupação em algumas rotas que são “muito elevadas”, ao passo que há outras “que têm uma taxa de ocupação muito baixa”, admitindo que, “de ano para ano, é possível ajustar a oferta à procura”.

A Atlânticoline criou este ano, uma nova rota, a Linha Laranja, entre São Roque (ilha do Pico) e Velas (ilha de São Jorge), que transportou 6 733 passageiros, e passou também a fixar em São Jorge um dos ‘ferrys’ da empresa, juntamente com a respetiva tripulação, alteração que teve “impactos financeiros”, mas que não foram ainda divulgados.

“Em termos financeiros teve impacto, mas felizmente a empresa conseguiu absorver esse impacto”, garantiu Francisco Bettencourt, confrontado pelos jornalistas sobre os resultados da operação marítima deste ano, sem revelar dados financeiros, que, garantiu, serão apresentados no início do próximo ano.

Francisco Bettencourt é vogal da Atlânticoline, mas a empresa continua sem ter presidente do Conselho de Administração, desde a saída de Carlos Faias, a 31 de dezembro de 2021, situação que o administrador entende ser um problema do acionista, o Governo Regional.

“Fui eleito vogal do Conselho de Administração. Estou a fazer o meu trabalho com a colaboração de toda a gente”, insistiu Francisco Bettencourt, adiantando que “quando o acionista entender, nomeará a pessoa”. “Até lá, continuamos a trabalhar”, observou.

O aumento do preço dos combustíveis e a ausência de recursos humanos especializados foram alguns dos constrangimentos verificados pela empresa durante o corrente ano.


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