Autor: Arthur Melo
O Vale Formoso conquistou ontem, na Ribeira Grande, a sua
sétima Taça de Honra - João de Brito Zeferino da história, depois de
superar o Operário no desempate por grandes penalidades.
Rui Lopes, com duas defesas, acabou por justificar toda a entrega da equipa que acabou o jogo sem um pingo de energia no corpo.
Os
axadrezados, que andaram sempre a correr atrás do resultado, tiveram o
mérito de discutir o jogo pelo jogo frente a uma adversário que coletiva
e individualmente está melhor apetrechado. Mas essa diferença de
qualidade diluiu-se na forma como a equipa de Vítor Cunha bateu-se, com
uma atitude competitiva muito forte e uma entrega e raça digna dos
verdadeiros campeões.
O Operário cometeu erros defensivos que foram fatais para as suas aspirações e apesar de ter estado sempre em vantagem no marcador nunca conseguiu ter o jogo controlado. Muito pelo contrário!
Os fabris até tiveram mais oportunidades de golo, mas João
Cunha repartiu com Rui Lopes o mesmo número de intervenções decisivas a
negar o golo aos adversários.
O jogo direto dos lagoenses acabou
por resolver o problema de ultrapassar a bem organizada linha defensiva
do Vale Formoso, mas depois acabou por conceder espaços no meio-campo e
na defesa que os axadrezados aproveitaram com grande eficácia.
O
Vale Formoso, que parecia quebrar fisicamente no prolongamento, acabou
por levar a decisão para as grandes penalidades e da marca dos 11 metros
foi mais competente.
Duarte Travassos não comprometeu, mas teve critério largo, permitindo, muitas vezes agressividade a mais na disputa dos lances. Não se percebe também o facto de não ter concedido descontos no final do prolongamento, depois de muitas paragens para assistência médica, principalmente dos jogadores do Vale Formoso.