Depois do Santa Maria Blues e
da Maré de Agosto já em formato
presencial, ainda que com as devidas contingências, recebemos a
fantástica notícia de que o Anticlone está de volta a Santa Maria.
Na última edição, em 2019, o nosso “enviado” especial, Roberto Sousa
Moura, um amigo mariense cuja amizade originou-se curiosamente à conta
de um outro festival de música, fazia o resumo perfeito daquele evento
que já marcava o seu tom de singular – aqui valoriza-se
a partilha de cultura na primeira pessoa, envolvendo as gentes locais,
trazendo vida à ilha e, acima de tudo, valorizando a tradição.
Em 2021 não podemos esperar menos. O Anticlone volta a trazer o mesmo
formato, baseado na música de proximidade, com João Pires, Edu Mundo,
Francesco Valente e Ivo Costa em projetos a solo mas também enquanto
grupo com Cordel. De 19 a 23 de Outubro, a tradição
volta a dar as mãos à modernidade com palestras, workshops, jam
sessions, concertos e mostras marienses na Biblioteca Municipal de Vila
do Porto e Casa da Associação Escravos da Cadeínha.
É verdade que tivemos vários festivais a reinventarem-se em 2020 – a
própria Maré de Agosto é um bom exemplo disso, com uma edição
totalmente em formato online - mas não há nada como ver um espetáculo ao
vivo. Nada substitui a música sentida e vivida no
local, mas com o Anticilone conseguimos ter a certeza de uma experiencia
ainda mais rica, envolta numa ilha de gente boa, de cultura marcada e
de saudade fácil.