Açoriano Oriental
Aluno que esfaqueou colegas em escola da Azambuja vestia colete antibala

O aluno de 12 anos que esfaqueou “aleatoriamente” seis colegas da escola básica de Azambuja, um dos quais com gravidade, tinha vestido um colete antibala, disse à Lusa o presidente da autarquia do distrito de Lisboa.

Aluno que esfaqueou colegas em escola da Azambuja vestia colete antibala

Autor: Lusa/AO Online

“Os alunos agredidos são de várias turmas” e o ataque “foi indiscriminadamente, conforme [os colegas] foram aparecendo, agredia-os”, explicou Silvino Lúcio, acrescentando que o agressor “tinha vestido um colete antibala”.

Numa nota, a autarquia informou que, às 13h34 (menos uma hora nos Açores) foi dado o alerta para uma “ocorrência de agressão na Escola Básica de Azambuja” e que um estudante de 12 anos, “através da utilização de uma arma branca, feriu aleatoriamente seis alunos com idades entre os 11 e os 14 anos”.

As vítimas, “cinco meninas e um menino”, foram “encaminhadas para o Hospital de Vila Franca, mas houve uma que teve de ser reavaliada a sua situação clínica, que é a que merece mais cuidados, e foi encaminhada para Santa Maria”, em Lisboa, avançou Silvino Lúcio.

“As auxiliares aperceberam-se de uma situação anormal, de gritos e de histerismo, e chamaram-no, demoveram-no, aproximaram-se dele, tentaram que não houvesse mais incidentes, mas até lá chegarem, porque foi no corredor de acesso às salas de aula, conseguiu fazer essas seis vítimas”, contou.

O autarca recusou que a Escola Básica 1, 2 e 3 de Azambuja seja uma escola problemática: “Nunca teve problemas de maior, tinha um problema ou outro de ‘bullying’, mas coisas que se ultrapassam com psicólogos e com a direção da escola, não era nada complicada”, assegurou.

Enquanto o agressor foi agarrado e mantido numa sala de aula, onde ficou à guarda de elementos da GNR, até ser interrogado pela Polícia Judiciária (PJ), a escola foi encerrada e chamados os pais dos alunos.

“Criou-se alguns momentos de pânico, porque os pais queriam saber se os feridos eram os filhos deles, são sempre momentos estranhos”, desabafou Silvino Lúcio.

O presidente da autarquia revelou ainda que a diretora do estabelecimento “disse que o senhor ministro [da Educação] ligou para manifestar solidariedade e pôr-se ao dispor”, para câmara, ministério e escola trabalharem “em conjunto para precaver outras situações”, mas que estava totalmente disponível e solidário”.

Para o local acorreram os bombeiros de Azambuja e de Alcoentre, GNR, Cruz Vermelha de Aveiras de Cima, Serviço Municipal de Proteção Civil, VMER de Vila Franca de Xira e a PJ.

No local estiveram presentes as equipas do município de Azambuja e do INEM a prestar apoio psicológico, a vários adultos e crianças.

A Escola Básica de Azambuja é frequentada por 450 alunos, até ao sétimo ano, e irá “retomar a sua atividade” na quarta-feira, “dentro da normalidade possível”, continuando “a ser prestado o acompanhamento psicológico necessário”, concluiu a nota.

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