Autor: Lusa/AO online
Peritos internacionais e os ministros da Saúde e do Ambiente africanos encontram-se reunidos desde terça-feira numa conferência interministerial sobre Saúde e Ambiente, em Libreville, no Gabão, organizada em conjunto pela OMS e pelo Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP).
As ameaças ambientais e as estratégias de prevenção de doenças são os principais temas da reunião, que decorre até sexta-feira e é a primeira deste género no continente africano.
"As alterações climáticas terão efeitos directos e indirectos na saúde das pessoas. Directos com os desastres naturais, as inundações e secas, mas também indirectos, com as doenças", lembrou a directora do Departamento de Saúde Pública e Ambiente da OMS, a médica espanhola Maria Neira.
Por sua vez, o especialista da OMS Diarmid Campbell-Lendrum sublinhou que, entre meados dos anos 1970 e 2000, as alterações climáticas foram responsáveis "por cerca de 150 mil mortos suplementares por ano".
"Este número deverá aumentar, ainda que apenas estejamos a levar em conta uma parte das causas [de mortos devido às alterações climáticas]. Estamos a falar de uma ponta do iceberg", frisou.
Segundo Diarmid Campbell-Lendrum, a "este ritmo", o número de mortos causados directamente pelo fenómeno das alterações climáticas, vai cifrar-se em milhões "dentro de vinte anos".
O paludismo, que faz um milhão de mortos por ano, é uma das principais preocupações da OMS: "Já temos um grande problema com o paludismo e as alterações climáticas vão torná-lo ainda maior. A temperatura influencia a sobrevivência dos mosquitos e parasitas. Quanto mais calor, maior a taxa de infecção", explicou Campbell-Lendrum.
As doenças diarreicas provocadas por bactérias que infectam a água ou os alimentos e a subnutrição, que, segundo Campbell-Lendrum, "matam 3,5 milhões de pessoas por ano", são outros dos principais flagelos que preocupam os especialistas da OMS.
"Um dos maiores problemas é a subnutrição. Com as alterações climáticas, a produção alimentar deverá aumentar ligeiramente nos países ricos mas deverá baixar nos países próximo do Equador, onde as necessidades são maiores", lamentou.
As doenças provocadas por alterações e ameaças ambientais são responsáveis por milhares de mortes no continente africano. Só em 2002, segundo a OMS, factores como água não potável, poluição, saneamento básico, eliminação de resíduos insuficiente, prevenção deficiente e exposição a substâncias químicas estiveram associados à morte de cerca de 2,4 milhões de pessoas.
As ameaças ambientais e as estratégias de prevenção de doenças são os principais temas da reunião, que decorre até sexta-feira e é a primeira deste género no continente africano.
"As alterações climáticas terão efeitos directos e indirectos na saúde das pessoas. Directos com os desastres naturais, as inundações e secas, mas também indirectos, com as doenças", lembrou a directora do Departamento de Saúde Pública e Ambiente da OMS, a médica espanhola Maria Neira.
Por sua vez, o especialista da OMS Diarmid Campbell-Lendrum sublinhou que, entre meados dos anos 1970 e 2000, as alterações climáticas foram responsáveis "por cerca de 150 mil mortos suplementares por ano".
"Este número deverá aumentar, ainda que apenas estejamos a levar em conta uma parte das causas [de mortos devido às alterações climáticas]. Estamos a falar de uma ponta do iceberg", frisou.
Segundo Diarmid Campbell-Lendrum, a "este ritmo", o número de mortos causados directamente pelo fenómeno das alterações climáticas, vai cifrar-se em milhões "dentro de vinte anos".
O paludismo, que faz um milhão de mortos por ano, é uma das principais preocupações da OMS: "Já temos um grande problema com o paludismo e as alterações climáticas vão torná-lo ainda maior. A temperatura influencia a sobrevivência dos mosquitos e parasitas. Quanto mais calor, maior a taxa de infecção", explicou Campbell-Lendrum.
As doenças diarreicas provocadas por bactérias que infectam a água ou os alimentos e a subnutrição, que, segundo Campbell-Lendrum, "matam 3,5 milhões de pessoas por ano", são outros dos principais flagelos que preocupam os especialistas da OMS.
"Um dos maiores problemas é a subnutrição. Com as alterações climáticas, a produção alimentar deverá aumentar ligeiramente nos países ricos mas deverá baixar nos países próximo do Equador, onde as necessidades são maiores", lamentou.
As doenças provocadas por alterações e ameaças ambientais são responsáveis por milhares de mortes no continente africano. Só em 2002, segundo a OMS, factores como água não potável, poluição, saneamento básico, eliminação de resíduos insuficiente, prevenção deficiente e exposição a substâncias químicas estiveram associados à morte de cerca de 2,4 milhões de pessoas.