Autor: Susete Rodrigues/AO Online
Gui Menezes, citado em nota do Gacs, salientou que este aumento de quota para o rabilho, "se traduz numa discriminação positiva para os Açores, destacando o facto de, a partir de agora, as embarcações de salto e vara da Região poderem efetuar uma pesca dirigida a esta espécie de atum, dado que até agora o rabilho era considerado uma captura acessória".
O secretário regional do Mar referiu ainda que “as quotas para todas as espécies de tunídeos não sofreram quaisquer cortes”, acrescentando, nesse sentido, que durante o próximo ano “os pescadores poderão manter o nível de capturas para todas as espécies de atuns ao nível de anos anteriores”.
Relativamente ao atum patudo, o Comité Científico da ICCAT refere que o stock desta espécie está em situação de sobrepesca.
Neste sentido, Gui Menezes congratulou-se com a posição do presidente da Federação das Pescas dos Açores, Gualberto Rita, que defendeu restrições à pesca de patudo nos mares da Região para recuperar os stocks.
Esta tomada de posição “reflete maturidade por parte do setor das pescas açoriano”, frisou Gui Menezes, acrescentando que, “se não se fizer uma pesca racional de espécies como o atum patudo, serão esperadas, no futuro, repercussões económicas nas comunidades piscatórias”.
Acrescenta a nota que o Governo dos Açores esteve representado nesta reunião da ICCAT pelo Diretor Regional das Pescas, Luís Rodrigues, que na ocasião defendeu medidas como o "fecho, por três meses, da pesca no Atlântico a embarcações cercadoras que utilizam dispositivos de agregação de pescado (FAD)" e propôs uma limitação no número de FAD por embarcação, de modo a evitar a sobrepesca e a diminuir os impactos negativos do seu uso na rota migratória dos tunídeos.