Autor: Lusa/AOonline
O estudo "A Opinião Portuguesa e a Sida - Ultrapassar a Era do Medo", do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica, foi feito com base num inquérito realizado este mês a 603 pessoas dos 18 aos 65 anos em Portugal Continental e será divulgado a 01 de Dezembro, Dia Mundial de Luta contra a SIDA.
Um total de 93 por cento considera que as pessoas com SIDA são discriminadas e sós, enquanto 37 por cento nota que a discriminação tem diminuído.
No entanto, mais de metade dos inquiridos concorda com a afirmação de que o dinheiro de todos é usado para pagar os erros de alguns e 54 por cento refere ser "natural" que um infectado com o vírus tenha mais dificuldade em progredir profissionalmente.
Quarenta e dois por cento diz que uma pessoa com SIDA não deve trabalhar em restaurantes, tendo igual percentagem referido que os portadores do vírus também "têm de compreender" que não é fácil obter um crédito de habitação.
"Uma pessoa com SIDA não pode ser um profissional de saúde" é uma afirmação subscrita por 33 por cento dos inquiridos.
O director do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica e coordenador do estudo, Alexandre Castro Caldas, interpreta estes dados e diz que as pessoas revelaram ter preconceitos, mas não têm essa noção.
O mesmo estudo conclui que a Sida é, a seguir ao cancro, a doença que os portugueses consideram mais grave e que o medo e a vergonha impede as pessoas de fazer o teste do HIV.
Quarenta e três por cento dos entrevistados indicou a SIDA como a segunda doença mais grave, depois do cancro (76 por cento). Segundo Alexandre Castro Caldas, ao cancro associa-se mais o conceito de morte.
O estudo revela ainda que as palavras mais associadas à doença são injustiça (81 por cento), medo (80), desconfiança (72), discriminação (64), solidariedade (53) e egoísmo (45).
Vergonha, medo e vontade de manter o desconhecimento do seu estado de saúde são algumas das razões que levam as pessoas a não fazer o teste do HIV, considera a maioria dos entrevistados.
"Razoavelmente informados" é como se consideram 47 por cento dos inquiridos, enquanto quatro por cento diz saber "muito pouco" e 13 por cento saber "muito bem" o que é a doença.
Os comportamentos de risco mais associados à SIDA pelos inquiridos são as relações sexuais não protegidas, a toxicodependência e as transfusões de sangue.
Sobre a frase "se uma pessoa tomar as devidas precauções não há perigo de contrair a SIDA", 55 por cento concorda totalmente.
As entidades ligadas à Saúde/Investigação e Solidariedade são apontadas como as mais empenhadas no combate à SIDA e só depois surgem o Estado, líderes de opinião, igreja católica e os empregadores.
Castro Caldas não ficou surpreendido com os resultados, sublinhando que agora, com base em dados mais seguros, poderão desenvolver-se campanhas mais eficazes.
"As pessoas apagam a televisão se há coisas que fazem impressão ou metem medo, mas se forem educadas são capazes de perceber melhor", considerou ainda.
Quanto a uma maior confiança no empenho de outras entidades que não o Estado na luta contra a doença, o investigador afirma que as associações têm tido mais visibilidade e que por isso os inquiridos podem acreditar que estão a fazer mais pelos doentes.
"Se calhar não é assim noutras doenças, nas quais nem sequer se sabe que existem associações", afirmou.
Um total de 93 por cento considera que as pessoas com SIDA são discriminadas e sós, enquanto 37 por cento nota que a discriminação tem diminuído.
No entanto, mais de metade dos inquiridos concorda com a afirmação de que o dinheiro de todos é usado para pagar os erros de alguns e 54 por cento refere ser "natural" que um infectado com o vírus tenha mais dificuldade em progredir profissionalmente.
Quarenta e dois por cento diz que uma pessoa com SIDA não deve trabalhar em restaurantes, tendo igual percentagem referido que os portadores do vírus também "têm de compreender" que não é fácil obter um crédito de habitação.
"Uma pessoa com SIDA não pode ser um profissional de saúde" é uma afirmação subscrita por 33 por cento dos inquiridos.
O director do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica e coordenador do estudo, Alexandre Castro Caldas, interpreta estes dados e diz que as pessoas revelaram ter preconceitos, mas não têm essa noção.
O mesmo estudo conclui que a Sida é, a seguir ao cancro, a doença que os portugueses consideram mais grave e que o medo e a vergonha impede as pessoas de fazer o teste do HIV.
Quarenta e três por cento dos entrevistados indicou a SIDA como a segunda doença mais grave, depois do cancro (76 por cento). Segundo Alexandre Castro Caldas, ao cancro associa-se mais o conceito de morte.
O estudo revela ainda que as palavras mais associadas à doença são injustiça (81 por cento), medo (80), desconfiança (72), discriminação (64), solidariedade (53) e egoísmo (45).
Vergonha, medo e vontade de manter o desconhecimento do seu estado de saúde são algumas das razões que levam as pessoas a não fazer o teste do HIV, considera a maioria dos entrevistados.
"Razoavelmente informados" é como se consideram 47 por cento dos inquiridos, enquanto quatro por cento diz saber "muito pouco" e 13 por cento saber "muito bem" o que é a doença.
Os comportamentos de risco mais associados à SIDA pelos inquiridos são as relações sexuais não protegidas, a toxicodependência e as transfusões de sangue.
Sobre a frase "se uma pessoa tomar as devidas precauções não há perigo de contrair a SIDA", 55 por cento concorda totalmente.
As entidades ligadas à Saúde/Investigação e Solidariedade são apontadas como as mais empenhadas no combate à SIDA e só depois surgem o Estado, líderes de opinião, igreja católica e os empregadores.
Castro Caldas não ficou surpreendido com os resultados, sublinhando que agora, com base em dados mais seguros, poderão desenvolver-se campanhas mais eficazes.
"As pessoas apagam a televisão se há coisas que fazem impressão ou metem medo, mas se forem educadas são capazes de perceber melhor", considerou ainda.
Quanto a uma maior confiança no empenho de outras entidades que não o Estado na luta contra a doença, o investigador afirma que as associações têm tido mais visibilidade e que por isso os inquiridos podem acreditar que estão a fazer mais pelos doentes.
"Se calhar não é assim noutras doenças, nas quais nem sequer se sabe que existem associações", afirmou.