Açoriano Oriental
Crise/Inflação
PCP/Açores propõe fixação de preços aumento de salários

O PCP/Açores defendeu a fixação de preços de combustíveis e bens alimentares e o aumento do salário mínimo regional e da remuneração complementar, para mitigar os efeitos da inflação na região.

PCP/Açores propõe fixação de preços aumento de salários

Autor: Lusa/AO Online

“Não só é preciso travar estes aumentos, fixando um valor máximo para os combustíveis e para um cabaz de bens alimentares essenciais, mas é necessário enfrentar a situação com medidas decididas de valorização de salários e pensões”, afirmou o coordenador do PCP nos Açores, Marco Varela, numa conferência de imprensa em Angra do Heroísmo.

No balanço de uma visita de dois dias à ilha Terceira, o dirigente comunista alertou para “o aumento dos preços dos combustíveis, da energia e de todos os bens essenciais”.

Marco Varela criticou a “apatia” do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) e insistiu no aumento do acréscimo regional ao salário mínimo nacional de 5 para 7,5%, proposta que os comunistas apresentam há vários anos.

Defendeu ainda um “aumento efetivo da remuneração complementar, acima dos 15%”, o aumento do complemento regional de pensão e o alargamento da gratuitidade das creches (disponível atualmente até ao 13.º escalão) a todos os escalões.

“O aumento dos rendimentos dos açorianos é um instrumento fundamental para a dinamização da economia interna e a diminuição da dependência externa, mas este governo pouco faz e quando faz é com timidez, não utilizando ma sua plenitude os instrumentos autonómicos que tem ao seu dispor”, apontou.

O dirigente comunista considerou ainda “escassas” as medidas do executivo açoriano na área da habitação, defendendo o aumento do parque habitacional “com rendas a custo  controlado” e o acesso à possibilidade de aquisição de habitação igualmente a custo controlado.

Em Angra do Heroísmo, onde se reuniu com o Sindicato dos Professores da Região Açores e com o Instituto Histórico da Ilha Terceira, o coordenador do PCP apelou a um reforço de verbas no próximo Orçamento da Região nas áreas da Educação e da Cultura.

Marco Varela alertou para a falta de professores no arranque do novo ano letivo e para a "carência de assistentes operacionais" em várias escolas, acusando o Governo Regional de “promover a precariedade e a instabilidade laboral”.

“Acaba-se com os programas operacionais e só depois disso e tardiamente se verifica que é necessária a abertura de concursos para a contratação de trabalhadores. A juntar a estes problemas, persiste a suborçamentação das verbas para manutenção do parque escolar, como também a necessidade de reforçar incentivos à fixação de professores nas diversas ilhas”, salientou.


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