Açoriano Oriental
Sindicatos
Monteiro acusa CGTP de exigir quotas a trabalhadores
O  líder do Partido Nova Democracia acusou o Sindicato Têxtil do Minho de exigir aos trabalhadores de empresas ameaçadas de falência o pagamento de 18 meses de quotas e 10 por cento das indemnizações em troca de apoio.

Autor: Lusa/AO online
Em declarações à Lusa em Braga, Manuel Monteiro disse ter tido conhecimento directo deste tipo de exigências sindicais em casos de empresas em situação económica difícil em Vila Verde e em Guimarães: “isto é prática corrente nos sindicatos afectos à CGTP”, afirmou.
Monteiro, que enviou uma carta ao Procurador Geral da República e ao Provedor de Justiça relatando o caso, desmentiu ainda declarações feitas ao semanário Sol por Ulisses Garrido, membro da CGTP-Intersindical, segundo o qual os trabalhadores apenas dão donativos à estrutura sindical para “participar nas despesas judiciais”.
O dirigente partidário garantiu que o Sindicato obriga os trabalhadores a assinar um documento no qual se comprometem a pagar as quotas e dez por cento do valor da indemnizição que vierem a receber: “se o trabalhador dá um donativo por sua iniciativa, porque é que o Sindicato lhe pede que assine um papel onde se compromete a fazê-lo?”, interroga. O dirigente político, que pensa candidatar-se a deputado pelo círculo eleitoral de Braga nas próximas eleições legislativas, acusou também o Sindicato de “preferir ter os trabalhadores à porta das fábricas, em vez de defender os seus direitos por via judicial, interpondo, por exemplo, uma providência cautelar para evitar a saída de mercadorias e equipamentos”.
Monteiro apelou ainda aos trabalhadores que não tenham medo de denunciar as exigências sindicais, frisando que “já é mais do que tempo de os portugueses não terem medo do Partido Comunista e dos seus apêndices sindicais”.
Por outro lado, o dirigente do PND considerou “inadmissível” que o sistema político português permita a prática reiterada deste tipo de práticas, acusando os partidos do arco governamental, PS e PSD, de contemporizarem com os sindicatos na tentativa de comprar uma “paz laboral” que apenas prejudica os trabalhadores e as empresas.
“Como pode a economia funcionar se os sindicatos preferem as falências à manutenção das empresas, por lucrarem com isso”, afirma.
A Lusa contactou a direcção do Sindicato Têxtil do Minho mas não conseguiu uma reacção. 
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