Autor: Lusa
“Que a AD deve governar… Essa foi a decisão dos portugueses. Por isso, o PS não deve aprovar uma moção de rejeição no parlamento. Mas… a AD ainda acrescenta, para seduzir a IL e o Chega, a promessa de medidas, a nosso ver negativas e a que nos oporemos, que omitiu no programa eleitoral e integra agora no Programa do Governo”, escreveu Carlos César.
Numa mensagem publicada na rede social Facebook com o título “Montenegro chega-se mais à direita. Viverá com isso?”, o líder socialista reitera o porquê do PS não acompanhar a moção de rejeição já anunciada pelo PCP ao Programa do Governo entregue sábado na Assembleia da República, mas termina com a promessa e que os socialistas serão “mais oposição”.
“Isso quererá dizer que teremos de ser mais oposição do que já prevíamos. Seremos, sem dúvida!”, termina.
O Programa do XXV Governo Constitucional, saído das legislativas de 18 de maio, foi entregue sábado na Assembleia da República, pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, e será discutido na Assembleia da República na terça e quarta-feira.
O PCP já anunciou que irá apresentar uma moção de rejeição, mas a iniciativa dos comunistas tem chumbo certo, já que, além do PSD e CDS, também não terá o apoio do Chega e do PS.
O segundo Governo PSD/CDS-PP liderado por Luís Montenegro tomou posse no final da semana passada e é composto 60 elementos (além do primeiro-ministro, 16 ministros e 43 secretários de Estado), um terço dos quais mulheres.
A coligação AD (PSD/CDS-PP) venceu as legislativas sem maioria absoluta, elegendo 91 deputados em 230, dos quais 89 são do PSD e dois do CDS-PP.
O Chega passou a ser a segunda maior força parlamentar, com 60 deputados, seguindo-se o PS, com 58, a IL, com nove, o Livre, com seis, o PCP, com três, e BE, PAN e JPP, com um cada.
Luís Montenegro é primeiro-ministro desde 02 de abril do ano passado, após um ciclo de oito anos de governação do PS.