Autor: Lusa /AO Online
O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, referiu que o grupo que está a ser alvo de sanções inclui líderes da estatal russa de energia Gazprom e seis entidades do setor da energia.
Foram ainda alvo de sanções os ministros da Energia e Indústria da Rússia, o vice-primeiro-ministro Alexander Novak e o ex-primeiro-ministro Victor Zubkov.
O ex-jogador da Liga Nacional de Hóquei Alexander Frolov e o grande mestre de xadrez Anton Demchenko também estão na lista, que inclui agora mais de 1.400 pessoas e entidades acusadas de cumplicidade na invasão russa da Ucrânia.
“Enquanto a Rússia continuar a sua agressão ilegal e injustificável contra a Ucrânia, o Canadá continuará a apoiar o Governo e o povo ucraniano”, sublinhou Trudeau em comunicado.
Já sobre a emissão de títulos da Ucrânia a cinco anos, estes serão disponibilizados aos investidores através de bancos canadianos, sendo que o dinheiro será canalizado para a Ucrânia pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Trudeau realçou que os fundos arrecadados destinam-se a ajudar Kiev a pagar pensões e a “manter as luzes acesas”.
"Os títulos são uma forma de os canadianos contribuírem diretamente para a luta contra a Rússia ", salientou.
O Governo canadiano recusou-se a dizer quanto espera arrecadar com a emissão dos títulos, que também estão abertos a compradores estrangeiros.
Trudeau estava em Winnipeg, na província de Manitoba, onde decorre um congresso de três dias de ucranianos canadianos.
O congresso elogiou a decisão do executivo de Justin Trudeau, de oferecer "um investimento inovador em um futuro pacífico, democrático e justo, não apenas para a Ucrânia, mas para toda a Europa".
No Canadá, a diáspora ucraniana soma mais de 1,36 milhão de pessoas, tornando-se uma das maiores do mundo, de acordo com os censos de 2016.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 247.º dia, 6.374 civis mortos e 9.776 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.