Autor: Lusa/AO Online
Os fundos vão concentrar-se, sobretudo, nas comunidades afro-americanas de baixos recursos, nas áreas rurais assim como em outros setores da população considerados de "maior risco" perante a Covid-19.
A maior parte do orçamento destinado ao processo, cerca de seis mil milhões de dólares, vai ser destinado à expansão da operacionalidade em centros de saúde comunitários: 1.400 postos em todo o país para pessoas mais vulneráveis, muitas sem qualquer tipo de seguro médico.
De acordo com dados da Casa Branca, 65% das doses que já foram administradas nos centros de saúde comunitários abrangeram a inoculação a pessoas de "minorias raciais".
Uma outra tranche, cerca de três mil milhões de dólares, destina-se ao que a Casa Branca considera "fortalecimento da confiança nas vacinas" através da aplicação de fundos para organizações comunitárias ou funcionários locais do setor da saúde responsáveis por futuras campanhas de sensibilização.
O programa prevê a contratação de profissionais de saúde bilingues para que seja assegurada a integração no processo às pessoas que não dominam a língua inglesa abrindo a possibilidade de vacinação a todos, nomeadamente através de organizações religiosas em comunidades rurais.
"Neste momento, detetamos brechas raciais, étnicas", disse a presidente do grupo de trabalho da Casa Branca sobre as equipas de saúde, Marcella Nunez-Smith.
"Uma campanha de vacinação no nosso país só serve se chegarmos a toda a gente e em todas as comunidades (...) é crucial conectarmos toda a gente", acrescentou Nunez-Smith.
Até hoje, nos Estados Unidos, cerca de 85,5 milhões de pessoas receberam pelo menos uma das doses das vacinas da Pfizer ou Moderna ou a dose única do composto da Johnson & Johnson, o que representa 33% da população adulta.
Por outro lado, 46,5 milhões de habitantes dos Estados Unidos estão completamente vacinados.