Autor: Tatiana Ourique / AO Online
No domingo, a Antífona de entrada “Anunciai com Brados de
Alegria” foi composta por Antero Ávila (compositor açoriano) propositadamente
para as Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres de 2023. O “Ordinário da
Missa” é do compositor italiano Monsenhor Marco Frisina. No decorrer da
celebração litúrgica foram interpretados pelo Coral de Santa Catarina “A Terra
inteira aclame o Senhor”, “Nós te ofertamos”, “Cantarei ao meu Senhor”, “Deus
amou de tal modo o mundo”, “Quem nos separará?” e terminou a celebração com o
Hino do Senhor Santo Cristo dos Milagres.
Aos cerca de
40 elementos do Coral juntaram-se 10 músicos do Conservatório Regional de Ponta Delgada:
baixo, viola, 2 violinos e trompete. Ao piano esteve Ricardo Toste, natural da
Terceira e organista da Sé de Aveiro e que colabora habitualmente com o Coral
de Santa Catarina.
O Coral de Santa Catarina, um coro misto a 4 vozes com cerca
de 40 elementos, teve a sua primeira atuação no dia 25 de novembro de 2002 na
festa da padroeira da freguesia de Castelo Branco, Santa Catarina, que deu nome
ao grupo, constituindo-se em associação cultural a 20 de dezembro de 2004.
Nos 20 anos de existência tem sido prerrogativa do coro a
divulgação da música popular portuguesa e açoriana, da música sacra, litúrgica
e clássica. Desde a sua fundação tem marcado presença em inúmeros eventos
culturais, festas e encontros de coros no Faial e fora deste, com maior
incidência nas Ilhas do Triângulo, bem como a Terceira e São Miguel.
Após o interregno causado pela Covid-19, o Coral de Santa
Catarina retomou a sua atividade, focando-se de forma especial na comemoração
do seu 20º aniversário, que fica marcado por diversas atividades, das quais se
destacam a organização do 3º encontro de Coros do Triângulo, em parceria com o
município da Horta, que reúne na cidade de Horta coros das 3 ilhas do triângulo.
O grupo coral tem como fundador e diretor musical o Padre
Marco Luciano da Rosa Carvalho que disse que esta foi uma missão bem
cumprida: “No sentido de que estivemos meses a preparar esta participação numa
festa que além da grande visibilidade tem um significado muito importante na
vida e na fé dos açorianos. Fizemo-lo com empenho, dedicação, amor e também
sentido de missão porque é assim que entendemos o canto litúrgico: a arte ao
serviço da oração e, neste caso, ao serviço da evangelização. Ao regressarmos
às nossas casas vamos com o sentimento de muita gratidão ao reitor do
Santuário, cónego Adriano Borges, por esta oportunidade e também por esta visão
que eu acho que deve existir nos santuários diocesanos. A participação do coral
de Santa Catarina é símbolo desta comunhão e coesão que se pretende fomentar numa
diocese tão dispersa por 9 ilhas como é a Diocese de Angra”, acrescentou o
padre Marco Luciano Carvalho que garante ter sido uma experiência inesquecível.