Açoriano Oriental
Bispo apela à oração e quer diocesanos como “dadores de esperança”

Na sua mensagem de Quaresma, D. Armando Esteves Domingues realçou que este período em 2025 é iniciado com desafios “grandes”, por isso apelou à oração e pediu aos diocesanos açorianos que sejam “dadores de esperança”

Bispo apela à oração e quer diocesanos como “dadores de esperança”

Autor: Rafael Dutra

O bispo de Angra, D. Armando Esteves Domingues, na sua mensagem de Quaresma, que inicia hoje, apelou à oração e pediu aos diocesanos açorianos que sejam “dadores de esperança”.

Citado pelo Portal Igreja Açores, D. Armando Esteves Domingues afirmou que a Quaresma “apela à oração que converte e santifica”, mas também à oração de “uns pelos outros”.
“A oração de intercessão é sempre uma expressão de caridade, de amor mútuo. Como poderíamos dizer que nos amamos uns aos outros se cada um de nós orasse apenas por si mesmo?”, questionou.

Nesse sentido, apelou que se reze “pelas ameaças e tragédias” que estão a ocorrer neste “mundo dividido, radicalizado, cheio de discursos prepotentes e ameaçadores, próprios de quem quer ‘ser grande e poderoso’, pouco se importando com os passos trémulos do pequeno e frágil”.

“Na verdade, a Quaresma deste ano inicia com desafios tão grandes que colocam toda a Igreja de joelhos diante de Deus de quem espera o auxílio. Há um mundo em guerra ou a preparar-se para ela, alterações no quadro político e social global que lançam medo onde era preciso esperança. Muitos pobres e irmãos nossos correm o risco de perder apoios de projetos humanitários suportados por ‘países ricos’, adivinhando-se problemas acrescidos como o aumento da pobreza, das doenças, do isolamento”, acrescentou o bispo de Angra.

No seu discurso, D. Armando Esteves Domingues recordou que no terceiro domingo da Quaresma, dia 23 de março, haverá o peditório nacional da Cáritas para apoiar “os mais necessitados no país e até emergências em tragédias noutros países”.

“Por esses dias, estarão entre nós as Direções Diocesanas das diversas Cáritas do país para o seu Conselho Nacional. É uma honra recebê-los e uma oportunidade para reflexão”, salientou o bispo de Angra, que aproveitou a ocasião para convidar todos a participar.

“Convido todos os homens de boa vontade das comunidades, instituições, autarquias, serviços públicos, grupos caritativos, etc., a uma dimensão sinodal no agir, isto é, de uma prioridade relacional que ouça e envolva a todos. Juntos, podemos fazer, no território que partilhamos – paróquia ou freguesia - uma leitura atenta e atualizada das pobrezas existentes para se equacionar em quê e quem pode socorrer e ser ‘dador de esperança’”, finalizou D. Armando Esteves Domingues.

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