Autor: Lusa/AOnline
Lima inaugurou o marcador aos 46 minutos e Ernesto Farías empatou aos 63, resultado curto para uma equipa dominadora, mas que foi penalizada pela "nulidade" da primeira parte e por ter "acordado" demasiado tarde, só espevitando em velocidade e empenho depois de estar a perder.
Na véspera do confronto entre os comandantes, no Minho, os tetracampeões nacionais não foram capazes de cumprir a sua parte, deixando que um Belenenses defensivo e aguerrido lhe roubasse dois pontos, com alguma sorte e muito trabalho.
Jesualdo Ferreira ficou com mais provas de que a máquina está longe de estar afinada, até porque o adversário, que surgiu no Porto no grupo dos seis penúltimos colocados, com apenas sete pontos, revelou pouco poder ofensivo, apesar de ter sido eficaz num dos raros lances de ataque.
Com o criativo Belluschi recuperado fisicamente e no “onze”, Jesualdo Ferreira esperava um jogo mais fluido do FC Porto, mas a verdade é que o Belenenses, muito fechado a defender, não dava espaços e os “dragões” sentiam muitas dificuldades em criá-los, faltando-lhes velocidade e imaginação.
Muito compacto em frente à sua baliza, o Belenenses raramente passava do meio campo e tentava segurar a bola, trocando-a atrás, desgastando o físico e paciência dos avançados contrários, que também se revelavam em noite desinspirada.
No lance mais perigoso de uma primeira parte sofrível, Hulk tropeçou em frente ao guarda-redes e Farías (26) roubou-lhe a bola, mas o argentino adiantou-a demasiado e não conseguiu desviar para a baliza.
Belluschi, apagado, ficou nos balneários e o FC Porto alargou o ataque com Falcao, ao lado do titular Farías, mas nos segundos iniciais Lima saiu disparado e entrou isolado na área pela esquerda, atirando para fora do alcance de Helton (0-1), surpreendendo o “dragão”.
Sapunaru viu Nelson negar-lhe o golo no minuto seguinte e depois foi Rolando, atrapalhado com os pés na pequena área, a não aproveitar uma assistência de cabeça de Bruno Alves - Jesualdo Ferreira sacrificou o lateral Sapunaru e reforçou ainda mais o ataque com Cristian Rodriguez.
Aos 59 minutos, Farías fez o mais difícil e cabeceou ao lado, mas, aos 63, acertou mesmo com o “chapéu” a Nélson, após assistência de Falcao, num lance em que a defesa lisboeta não foi expedita a aliviar (1-1).
Os “dragões” espevitaram, aumentaram a velocidade e aos 67 Farias evitou Nelson, mas o passe para o liberto Falcao pecou por ser muito atrasado e o colombiano, liberto, não conseguiu o remate.
Os portistas agora pressionavam muito, mas sem o melhor discernimento, como quando Falcao (80), na "cara" de Nelson na pequena área, desperdiçou defesa incompleta do guarda-redes a remate de Rodriguez.
Já no período do desespero, Rolando (89) voltou a não acertar com os pés na área, Bruno Alves (90) cabeceou à trave e Raul Meireles (93) errou o alvo por muito pouco.