Açoriano Oriental
Alojamento local com taxas de ocupação de 50% nos Açores

Associação de Alojamento Local dos Açores afirma que, com a pandemia, os turistas têm optado mais pelo AL, verificando-se taxas de ocupação “interessantes” nas diferentes ilhas. O isolamento, a privacidade e a Tarifa Açores justificam a opção.

Alojamento local com taxas de ocupação de 50% nos Açores

Autor: Carolina Moreira

O presidente da Associação de Alojamento Local dos Açores (ALA) confirma que a procura pelo alojamento local na Região é cada vez maior e que a pandemia tem contribuído para essa realidade. Em declarações à Rádio Açores TSF, Rui Correia fala numa taxa de ocupação a rondar os 50%.

“As indicações que temos de todas as ilhas é que estamos com uma taxa de ocupação relativamente interessante. Claro que não podemos pensar que vamos ter taxas de ocupação muito elevadas, até porque a forma como as estatísticas são feitas na Região nem sempre refletem a realidade, tendo em conta que ainda há muito alojamento fechado e outros que só abriram os calendários a partir do momento em que a época alta se estava a avizinhar. Portanto, em termos de ocupação pode haver aqui alguma margem de erro, mas já somos mais do que 50% das dormidas nos Açores”, revela o empresário.

Rui Correia espera que, “com a entrada em forte da época alta e com a tendência que o mercado já estava a demonstrar de que o turista cada vez mais procura o alojamento local, se venha a cimentar” a procura.

O responsável pela ALA explica que a opção dos turistas pelo alojamento local, em tempo de pandemia, se deve a motivos como “a dimensão do espaço, a privacidade e o isolamento”, mas chama também a atenção para o impacto da Tarifa Açores.

“Ilhas como Flores, Pico e São Jorge têm tido uma procura extremamente interessante e com uma grande taxa do turismo interno. A alteração do preço das passagens aéreas deu claramente um grande impulso e os açorianos, em particular de ilhas maiores como São Miguel e Terceira, decidiram, ao fim de muito tempo, ir conhecer as outras ilhas”, constata.

Além do mercado interno, Rui Correia adianta que “temos também muitos continentais, é um facto que é o nosso maior mercado, mas os estrangeiros estão a começar a chegar e, pelo menos, dão-nos aqui um pequeno balão de oxigénio para que, em 2022, a retoma possa ser mais coesa e mais efetiva para que a nossa economia possa crescer”, refere.

Otimista relativamente à atual época alta, o presidente da ALA estima uma ocupação de 70% no alojamento local de São Miguel, mas não deixa de chamar a atenção para a necessidade de começar a preparar o quanto antes o próximo ano.

“Não me canso de dizer que é um setor, comparativamente a outros, que teve pouquíssimos apoios nos quadros comunitários e há uma bazuca que está a chegar, há um novo quadro comunitário e nós achamos que temos pleno direito, porque já demonstrámos com capital próprio o que conseguimos fazer, que nos deem uma pequena ajuda adicional”, apela.

Rui Correia afirma que “não estamos a pedir milhões a fundo perdido”, mas sim “uma pequena ajuda para que, naquilo que será as duas grandes linhas orientadoras do próximo quadro comunitário que é a transição digital e a sustentabilidade essencialmente ambiental, nos possamos adaptar mais rapidamente e melhor, porque todos vão querer a fatia do turismo e a retoma vai acontecer, poderá ser mais lenta do que aquilo que esperávamos, mas temos que nos preparar”, ressalva.

Apesar de estar otimista quanto ao futuro, o presidente da ALA não deixa de referir que cerca de 10% dos empresários do alojamento local terão suspendido ou cancelado a sua atividade no último ano.

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