Autor: Lusa/AOonline
De acordo com autarquia, a decisão foi tomada por "unanimidade na última reunião de câmara realizada, sob proposta do atual executivo municipal".
Citada numa nota enviada às redações, a presidente da autarquia, Bárbara Chaves (PS), sublinha que são dois imóveis que "fazem parte da história da ilha de Santa Maria, pelo seu interesse patrimonial, mas também por possuírem um valor afetivo inestimável para os marienses".
“Temos de usar todos os mecanismos legais ao nosso dispor para implementar uma verdadeira política de salvaguarda do nosso património material e imaterial”, sublinha Bárbara Chaves, considerando que “estes dois processos de classificação são absolutamente necessários”.
No caso do Forte de São João Baptista, a classificação justifica-se pela "relevância" do ponto de vista histórico, cultural e social do concelho de Vila do Porto, atendendo a que a fortificação é "o único edifício militar sobrante do sistema de defesa da baía da Praia Formosa", explica a autarquia.
O forte representa "a memória histórica" das fortificações da ilha de Santa Maria e da organização militar e defensiva da população mariense, desde o povoamento até ao final do século XIX.
Quanto à Fábrica da Baleia do Castelo, o município salienta que a classificação justifica-se por ser "um património móvel representativo da cultura baleeira e da memória histórica e social de Santa Maria".
"Acresce ainda o facto de a atividade baleeira em Santa Maria, nomeadamente após a criação da “Companhia Baleeira Mariense” (responsável pela ampliação e modernização da Fábrica da Baleia do Castelo), agregando 46 acionistas, ter sido a primeira e maior iniciativa industrial mariense, com impacto no desenvolvimento socioeconómico local", lê-se no comunicado.
A autarquia adianta também que foi feita a elaboração da ficha de identificação e caracterização dos imóveis e da sua memória histórica.
"Antes do envio dos documentos para Assembleia Municipal, será notificado o Diretor Regional dos Assuntos Culturais, o Conselho de Ilha e os demais interessados, através de consulta pública", explica ainda a Câmara da ilha de Santa Maria.