Autor: Lusa /AO Online
Verstappen gastou 1:30.17,345 horas para cumprir as 58 voltas deste 22.º Grande Prémio da temporada, deixando o segundo classificado, Lewis Hamilton, a 2,256 segundos, o que valeu o oitavo título mundial de construtores consecutivo à equipa germânica.
O espanhol Carlos Sainz (Ferrari) foi o terceiro classificado, a 5,173 segundos do vencedor.
O japonês Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) terminou na quarta posição, a 5,692 segundos, com o francês Pierre Gasly (Alpha Tauri) em quinto, a 6,531 segundos.
Desta forma, e porque fez também a volta mais rápida da corrida, Max Verstappen termina o campeonato com 395,5 pontos, mais oito do que Lewis Hamilton (387,5), com o finlandês Valtteri Bottas a despedir-se da Mercedes com o terceiro lugar do campeonato, com 226 pontos.
O mexicano Sergio Pérez (Red Bull) terminou o ano em quarto, com 190, enquanto Carlos Sainz ganhou duas posições, fechando 2021 em quinto, com 164,5 pontos.
No Mundial de Construtores, a Mercedes sagrou-se campeã com 613,5 pontos, deixando a Red Bull na segunda posição, com 585,5 e a Ferrari em terceiro, com 323,5 pontos.
Partindo da ‘pole position’, Max Verstappen viu-se suplantado por Hamilton logo no arranque, o piloto dos Países Baixos ainda tentou responder na curva cinco, forçando a entrada no interior da curva, atirando com o adversário para a escapatória.
Enquanto Verstappen se manteve em pista, Hamilton aproveitou para cortar a curva seis, mas os comissários, perante os protestos da Red Bull, consideraram que foi um incidente de corrida e que Hamilton abrandou para ceder a vantagem conquistada (sem ter de devolver a posição).
A Red Bull fez parar Verstappen na volta 13, para montar pneus duros, mas a Mercedes parou Hamilton uma volta mais tarde, mantendo o seu piloto à frente do holandês.
Contudo, Sergio Perez ainda não tinha parado e conseguiu abrandar Hamilton o suficiente para que Verstappen se recolasse à traseira do Mercedes, mas o britânico tinha mesmo o melhor ritmo de corrida e rapidamente cavou nova vantagem.
Até que, à 36.ª volta, surgiu uma situação de Safety Car Virtual devido a um problema com o Alfa Romeo de Antonio Giovinazzi, e, encurralado em pista, Hamilton recebeu a indicação da equipa para não parar sob pena de perder a liderança.
Aproveitou a Red Bull para montar pneus duros novos no carro de Verstappen e tentar um ataque no último terço da corrida.
De facto, o piloto holandês conseguiu recuperar tempo, mas ainda estava a 11 segundos a seis voltas do final e Hamilton tinha, assim, o título na mão.
Mas o despiste do canadiano Nicholas Latiffi (Williams) obrigou à entrada do ‘safety car’ para a retirada do carro da pista.
Novamente, a Red Bull arriscou, fazendo Max Verstappen ir às boxes montar pneus macios para as últimas voltas, enquanto Hamilton se manteve novamente em pista.
A incerteza pairou sob a corrida, mas a direção de prova, que tinha dado indicação aos carros ultrapassados (que em pista separavam Hamilton de Verstappen) para não recuperarem a volta de atraso, mudou de ideias e acabou por juntar os dois concorrentes ao título, fazendo sair o ‘safety car’ a uma volta do fim.
Era desse milagre que Max precisava. Munido de pneus mais eficientes, atacou Hamilton logo na curva cinco, para aquela que foi a ultrapassagem do campeonato, o primeiro para o piloto de 24 anos, filho do antigo piloto Jos Verstappen e namorado da brasileira Kelly Piquet, também ela filha do antigo campeão Nelson Piquet.