Autor: LUSA/AOnline
De acordo com a informação divulgada na página na Internet da publicação National Catholic Reporter, o questionário começou a ser enviado no dia 18 de outubro, acompanhado por uma carta do arcebispo Lorenzo Baldisseri, secretário-geral do sínodo.
Lorenzo Baldisseri pediu às conferências episcopais para que distribuam “imediatamente e o mais amplamente possível” o questionário, que aborda temas que, por vezes, dividiram a Igreja Católica, como a proibição do uso de contraceção artificial, a possibilidade de um católico divorciado voltar a casar-se ou receber a comunhão e o número de jovens que optam por viver juntos antes de se casarem.
De acordo com a doutrina católica, o casamento é um compromisso para toda a vida. A rutura deste laço e uma nova união impede a comunhão na missa, se o casamento anterior não for anulado.
O tema dos divorciados que voltaram a casar é delicado. Muitos deles, muito envolvidos na Igreja, revoltaram-se por serem excluídos da comunhão, o que levou o papa Francisco a manifestar vontade de "tomar uma iniciativa para resolver os problemas da nulidade dos casamentos".
Tal como Francisco, Bento XVI já tinha referido que os divorciados deviam ser acolhidos na Igreja. Os dois papas pretendem aprofundar as razões da nulidade do casamento, com a ideia de os tornar possíveis em caso de imaturidade, falta de fé, nomeadamente, quando o sacramento foi decidido por ser tradição.
O papa argentino está preocupado com a situação da família tradicional, perante o aumento dos divórcios, das dificuldades de algumas famílias recompostas e as novas formas de famílias, como a união entre pessoas do mesmo sexo.
Os resultados do questionário enviado às conferências episcopais deverão ser analisados no sínodo que decorrerá em outubro do próximo ano, sob o tema "Desafios pastorais da família no contexto da evangelização".