Autor: Lusa/AO online
Os números que envolvem crianças e acidentes rodoviários “são assustadores”: Entre 1998 e 2011, morreram 1.020 crianças e quase 84.500 ficaram feridas, salientou a presidente da APSI, Sandra Nascimento.
Mas nem tudo são más noticias e as estatisticas apontam para uma redução "significativa" de menores vítimas de acidentes rodoviários desde 1998, ano em que a APSI começou a compilar os dados disponibilizados pela Autoridade Nacional Rodoviária (ANR).
Entre 1998 e 2000, morreram todos os meses mais de 11 crianças nas estradas (média anual de 140 crianças). Quase dez anos depois, no triénio de 2007/2009, o número de mortes desceu para três por mês (morreram 38 crianças por ano). Atualmente, são menos de duas por mês, segundo a média de 2010 e 2011, que ronda as 21 mortes anuais.
Estes números referem-se apenas a mortes registadas nas primeiras 24 horas após o acidente, porque eram os dados existentes quando a APSI iniciou a contabilização. Atualmente, a ANR disponibiliza já dados das vítimas mortais registadas até 30 dias depois do acidente: entre 2010 e 2011 morreram mais 14 crianças, além das 21 já contabilizadas.
Ao longo dos anos também houve uma redução de feridos, “mas não de forma tão acentuada como nas mortes”, sublinhou a presidente da associação, lembrando que no primeiro triénio analisado(1998/2000) a média anual era de 8.775 feridos. Agora são 4.488 feridos.
“Portugal foi um dos países com a maior redução da taxa de acidentes por viação mas, mesmo assim, nos últimos dois anos, 12 crianças sofreram um acidente de viação (somando mortes e feridos) o que ainda é arrepiante”, lamentou.
Entre as 12 vítimas anuais, sete são passageiros, quatro são peões e duas são condutoras (normalmente de motas ou bicicletas). É entre os 15 e os 17 anos que se regista a maior parte das mortes e feridos e é também entre este grupo de adolescentes que se regista "mais acidentes rodoviários".
O estudo sobre o uso das cadeirinhas em ambiente de autoestrada voltou a ser realizado este ano pela APSI, que em declarações à Lusa sublinhou a "inversão completa na taxa de utilização das cadeirinhas que se registou" desde que o relatório começou a ser feito: Em 1996, menos de 20% das crianças viajava nos carros em cadeirinhas enquanto hoje são 15% os menores que circulam sem sistema de retenção.
Apesar de a maioria já andar segura, Sandra Nascimento fez questão de sublinhar que “ainda há 15% das crianças que vão sem cadeirinha, à solta ou ao colo na auto-estrada, o que faz imaginar que em ambiente urbano a situação seja tendencialmente pior".
O estudo, divulgado no seminário "Segurança Rodoviária Infantil: O que mudou em Portugal?”, revelou ainda que quase metade das crianças estavam sentadas nas cadeirinhas mas não a viajar em segurança, porque as cadeirinhas não estavam a ser utilizas corretamente.
A iniciativa, que decorre no Cinema São Jorge, em Lisboa, celebra os 20 anos da adoção por parte das Nações Unidas da Convenção dos Direitos da Criança e assinala também os 20 anos da APSI.
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