Açoriano Oriental
Tecnologia
Supercomputador permite estudos na área da saúde
O supercomputador Milipeia, criado pela Universidade de Coimbra (UC) em 2006, está a permitir a realização de estudos científicos na área da saúde, em projectos ligados à medicina e farmacologia, disse à agência Lusa o professor Pedro Vieira Alberto.

Autor: Lusa / AO online
Instalado no Laboratório de Computação Avançada da UC, onde foi concebido, o Milipeia é o mais poderoso sistema computacional destinado a cálculo científico existente em Portugal, com 520 processadores.

Desde Outubro que está ao serviço de 34 projectos científicos de sete universidades e centros de investigação portugueses, nas áreas de Física, Química, Bioquímica/Biofísica, Matemática, Engenharia Química e Engenharia Informática, disponibilizando cerca de 3,5 milhões de horas de cálculo.

Em declarações à agência Lusa, o investigador Pedro Alberto, um dos responsáveis pelo Laboratório de Computação Avançada da UC, destacou a importância do supercomputador em projectos com aplicação na área da saúde e no desenvolvimento de tecnologias ambientais, que poderão ter implicação directa na vida das pessoas.

Segundo aquele professor da UC, estão a ser desenvolvidos projectos que trabalham na simulação de proteínas, cujos estudos poderão, no futuro, ajudar à descoberta de fármacos para a cura da doença de Alzheimer ou da doença dos pezinhos.

Entre os projectos que estão a ser realizados com a ajuda do Milipeia, destaca-se o estudo da tomografia por emissão de positrões, já utilizada em Portugal para observar processos dinâmicos de algumas doenças, com vista ao desenvolvimento e evolução desta técnica imagiológica de aplicação clínica.

"São sistemas muito complexos, com milhares de partículas em interacção, que necessitam de muitas horas de cálculo científico", explicou o investigador Pedro Alberto.

"Sem um sistema de cálculo desta dimensão não seria possível executar muitos destes projectos", acrescentou.

As cerca de 3,5 milhões de horas de cálculo científico do Milipeia foram distribuídas por projectos das universidades de Coimbra, Porto, Aveiro, Évora e Algarve, do Instituto Tecnológico e Nuclear e do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores.

Através do Milipeia, o Laboratório de Computação Avançada da UC participa num dos projectos internacionais mais emblemáticos na área da computação avançada, o PRACE - Partnership for Advanced Computing in Europe, que pretende desenvolver equipamentos da nova geração com uma potência 100 a 1000 vezes superior à dos actuais supercomputadores.

Este consórcio europeu junta 16 entidades de 14 países europeus.
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